2 dias na Suazilândia (Reino de Eswatini): o que ver na capital Mbabane

2 dias na Suazilândia (Reino de Eswatini): o que ver na capital Mbabane

Quando estávamos organizando a nossa viagem pela África do Sul, nos programamos também para passar 2 dias na Suazilândia, país que teve o nome mudado para Reino de Eswatini (eSwatini no idioma suázi).

O destino não é tão turístico quanto a sua vizinha África do Sul e ainda é desconhecido por muitos brasileiros. Lembro que quando eu falava da possibilidade de conhecer esse país, alguns amigos nem sabiam que a Suazilândia existia.

Com toda a nossa ânsia que temos em viajar e a possibilidade de conhecer diversas culturas, o atual Reino de Eswatini acabou caindo como uma luva no nosso roteiro de viagem pelo sul da África, já que a Suazilândia está localizada a poucos quilômetros do Kruger Park, local onde havíamos feito um safari.

Por este motivo, após o safari, separamos dois dias para explorarmos a capital da Suazilândia, Mbabane, e assim podermos conhecer um pouco da cultura desse pequenino país, a última monarquia absoluta que ainda existe no continente africano.

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Casas tradicionais da cultura suázi

INFORMAÇÕES GERAIS

Como chegar à Suazilândia?

A forma mais simples de se chegar à Suazilândia, e acredito que mais econômica também, é vindo da África do Sul, país que, juntamente com Moçambique, forma as suas únicas fronteiras.

Durante a nossa viagem, alugamos um carro em Joanesburgo, fizemos o safari por conta própria no Kruger Park, e de lá seguimos viagem até Mbabane, a capital da Suazilândia.

Foram 4 horas de viagem de CARRO entre Joanesburgo e Malelane Gate, uma das portas de entrada no Kruger Park. Após dois dias de safari, seguimos viagem em direção à Mbabane, trajeto que durou um pouco mais de 2 horas.

Pegamos a estrada R570 na África do Sul, que levava até a fronteira chamada de Jeppes Reef, passamos pela imigração na Suazilândia e pegamos a estrada MR1 até Mbabane.

Os postos de imigração nas fronteiras entre os dois países operam em horários variados. No caso da fronteira por onde passamos, Jeppes Reef/Matsamo, o posto encontra-se aberto entre 8:00 e 20:00. O único posto de imigração que está aberto 24 horas é o Mhlumeni, na fronteira entre a Suazilândia e Moçambique.

No processo de imigração na Suazilândia, além dos passaportes, pediram a numeração que estava na chave do carro para poderem fazer o procedimento de liberação do veículo para entrar no país e foi cobrada uma taxa de 50 rands.

Fronteira da Suazilandia e Africa do Sul

Posto da fronteira entre a Suazilândia e a África do Sul

É possível também chegar ao país de AVIÃO, pelo Aeroporto Matsapha, em Manzini, cidade que fica a pouco mais de 30km da capital. Há voos diretos entre Joanesburgo e Manzini mas, pelo que pesquisamos, as passagens eram bem caras.

Outra forma de chegar ao país é de ÔNIBUS (mini-bus). Carla Boechat, do blog Fui, Gostei, Contei, também esteve na Suazilândia e contou como foi chegar ao país de van partindo de Joanesburgo. Pareceu uma ótima opção para quem está viajando sozinho.

Onde se hospedar em Mbabane

A capital da Suazilândia não é uma cidade muito grande e, caso você esteja viajando de carro, não importa muito a localização do hotel, pois a mobilidade com veículo é bem fácil por lá. Inclusive, boa parte das acomodações, seja hotel ou pousada, está localizada no subúrbio de Mbabane.

Nós ficamos hospedados em uma casa com 3 quartos, que é administrada por uma família. Era um local simples e confortável e a família era muito simpática. Atendeu bem às nossas necessidades, já que éramos 3 casais e um bebê.

A variedade de acomodações na cidade não é muito grande e encontramos apenas um hotel de rede internacional conhecido, que é o Hilton Garden Inn, localizado bem no centro de Mbabane.

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Onde comer em Mbabane

Por não ser uma cidade muito turística, uma das grandes dúvidas que tínhamos era justamente sobre locais seguros para comer em Mbabane. Como não sabíamos como eram as questões de higiene no país, fizemos várias pesquisas na internet e resolvemos seguir algumas indicações de viajantes que passaram pela cidade.

Uma das recomendações era o restaurante Ramblas, um local charmosinho, com comida boazinha, mas um pouco caro. Pedimos pratos com carnes e acompanhamentos variados, mas no final achamos que acabou saindo mais caro do que gostoso.

comida na Suazilândia

O prato que pedi no Ramblas

Outro restaurante que fomos foi o Ocean Basket, uma rede sul-africana de restaurante especializada em frutos com mar com um cardápio muito bom e com valores mais acessíveis. Super aprovado!

O último restaurante onde comemos na Suazilândia foi o Adega, restaurante português, mas que, assim como o Ramblas, achamos caro para a qualidade dos pratos. De qualquer forma, é uma opção de restaurante com um cardápio mais familiar ao público brasileiro.

ROTEIRO DE 2 DIAS NA SUAZILÂNDIA

O que ver em Mbabane

Localizada no distrito de Hhohho, Mbabane (se pronuncia um-ba-ba-neh) é uma cidade com pouco mais de 90 mil habitantes e está a 1243 metros acima no nível do mar, o que faz com que a sua temperatura seja amena mesmo no verão.

Nós estivemos no país no início do mês de MARÇO e a temperatura estava agradável. Pegamos um pouco de chuva, mas nada que atrapalhasse o passeio.

O centro da cidade abriga bancos, lojas, restaurantes, supermercados e até um pequeno centro comercial com uma boa infraestrutura para os turistas.

Mbabane

Selfie com os amigos no centro de Mbabane

Grande parte dos hotéis e pousadas, por sua vez, encontram-se mais afastados do centro, mas é bem fácil dirigir na cidade. Por este motivo que indicamos que vá de carro até o país, pois facilitará bastante na locomoção interna, já que os pontos turísticos são afastados uns dos outros.

Nos dois dias que passamos na Suazilândia, notamos que o povo era cortês e hospitaleiro, muito mais do que na África do Sul. E pelo fato do inglês ser um dos idiomas oficiais, não tivemos dificuldades em nos comunicar.

Aqui neste post vamos compartilhar o nosso roteiro de 2 dias na Suazilândia, uma viagem rápida e que explorou apenas Mbabane e arredores.

Se a sua viagem ao país for envolver safari e ecoturismo, será necessário ampliar a quantidades de dias por lá.

Dia 1: chegada ao país e centro de Mbabane

No primeiro dia, havíamos saído bem cedo de Malelane, a pequena cidade da África do Sul que foi a nossa base para fazer o safari no Kruger Park.

Após o checkout no hotel em Malelane, dirigimos quase 150km em direção à capital da Suazilândia, com uma parada na fronteira (Jeppes Reef) para fazer a saída da África do Sul e depois passar pelo posto de imigração na entrada da Suazilândia (Matsamo).

Chegamos no início da tarde em Mbabane e fomos caminhar pelo centro da cidade, onde vimos um trânsito intenso e vans super lotadas, uma delas com um grupo de jovens cantando e dançando, que pareciam estar voltando da escola.

O ponto central de ônibus da cidade, Mbabane Bus Rank, é tão lotado de vans, que chega a ficar difícil transitar por lá em determinados horários, mas bem perto desse terminal encontramos bons centros comerciais, ótimos para fazer uma refeição ou para comprar algo para levar para o hotel.

O primeiro local que visitamos foi o SWAZI PLAZA, o maior shopping da Suazilândia, com várias lojas e restaurantes, inclusive de redes conhecidas. O shopping tem uma área aberta e outra fechada e não vimos grandes lojas de marcas internacionais.

Foi no local onde jantamos no Ocean Basket, o restaurante de frutos do mar que é famoso na África do Sul.

Swazi Plaza

A área aberta do Swazi Plaza

Swazi Plaza Eswatini

Estimulando o meu filhote a andar dentro do Swazi Plaza

Bem em frente ao shopping está a rede de supermercado sul-africana Pick n Pay, com uma excelente variedade de produtos. Aproveitamos para comprar alguns alimentos para o nosso café da manhã e lanches.

Outro local que visitamos no centro da cidade foi o MBABANE CRAFT MARKET, um mercado com artesanato típico do país, frutas, verduras e roupas de segunda mão. Foi um bom lugar para comprarmos as lembrancinhas da viagem e um ímã de geladeira com o nome do país.

Mababne Market

Mbabane Craft Market, o mercado de artesanato da capital da Suazilândia

Durante os dois dias que passamos em Mbabane, não precisamos trocar dinheiro e acabamos usando a moeda sul-africana (rand) ao invés da moeda da Suazilândia (lilangeni), pois as duas têm a mesma cotação de 1 para 1 e o rand é amplamente aceito no atual Reino de eSwatini.

 

Dia 2: arredores de Mbabane

No segundo dia, fomos visitar o lugar que mais gostamos no país, o MANTENGA RESERVE, VILLAGE & FALLS, também conhecido como Swazi Cultural Village, uma das maiores atrações turísticas do país, que abriga as Cataratas de Mantenga e uma vila cultural onde aprendemos sobre as tradições da Suazilândia.

Mantenga Falls Suazilândia

Fizemos um pequena trilha dentro da reserva e vimos essa cachoeira

No local, há uma réplica de uma vila suázi do século XIX onde há uma visita guiada com duração aproximada de 30 minutos na qual temos a oportunidade de aprender como era o modo de viver do povo, como eram suas casas em formatos de cabanas, como as mulheres preparavam as comidas e faziam bordados.

As cabanas têm uma armação arredondada feita de uma espécie de poste coberto de palha e cordas entrelaçadas. Durante a visita, o guia explica de qual membro da família era determinada cabana e aprendemos que as crianças dormiam com seus pais até os 6 anos, quando então ganhavam a sua própria cabana, separadas por sexos (meninos em uma e meninas em outra).

Casa típica do povo suázi

Uma típica casa suázi

Toda a visita é feita em inglês e valeu super a pena aprender sobre a cultura suázi, onde a mulher tem o papel de cuidar da casa, comida e filhos e é totalmente submissa ao marido. É uma cultura muito diferente da nossa, posso dizer até que muito machista, mas é assim que as coisas ainda funcionam no país, principalmente na zona rural.

Após essa visita guiada, tivemos a oportunidade de assistir a uma apresentação BELÍSSIMA de dança e música suázi. É algo realmente feito para turista, mas a apresentação é tão interessante que não deve ser deixada de lado por quem vai conhecer o país.

São aproximadamente 45 minutos de muita música e dança que nos hipnotizam! Até o nosso bebê, que na época tinha 11 meses, passou esse tempo todo prestando atenção às danças. Foi incrível!

O Cultural Village está aberto todos os dias, das 8:00 às 17:00, e as danças tradicionais só ocorrem DUAS vezes ao dia: às 11:15 e às 15:15.

Após a visita à vila, fomos direto para o SWAZILAND NATIONAL MUSEUM,  que conta a história do país, as tradições do povo suázi e a fauna da Suazilândia.

De certa forma, a ida ao museu complementa o que vimos no Mantenga Village, mas o acervo do museu é muito simples e a visita não dura muito tempo.

Swaziland National Museum

Swaziland National Museum

Recomendo a visita para quem realmente quer se aprofundar na história do país, mas não é um local indispensável.

O museu está aberto de segunda a sexta, das 8:00 às 17:00.

A última atração do país que vimos foi a SIBEBE ROCK, uma montanha de granito considerada o segundo maior monolito do mundo.

Há trilhas, que duram em torno de 3 horas, para subir essa grande pedra de granito. Nós preferimos não nos aventurar com um bebê tão pequeno e imagino que a vista de lá de cima seja incrível!

Embora não tenhamos subido na Sibebe Rock, fizemos questão de ir até a estrada que ficava na beira da montanha para podermos vê-la de perto.

E foi assim tão rápido que se passaram os nossos 2 dias na Suazilândia: com passeio pelo centro da capital do país, contato com artesanato, música, dança e história sobre esse país tão pouco explorado pelos turistas brasileiros.

 

Vale a pena visitar a Suazilândia?

Somos do tipo de pessoas que gosta de conhecer novas culturas, de experimentar novos sabores, de ter contato com povos diferentes e assim poder compartilhar experiências, pois acreditamos que o diferente sempre tem algo a mais para agregar.

A sensação que temos é que, a cada viagem, voltamos um pouco diferentes, com mais memórias e, de certa forma, com menos preconceitos.

Mesmo que alguém nos diga que determinado lugar não tem tantos atrativos, nós fazemos questão de ver o local ao vivo e a cores, para assim tirarmos as nossas próprias conclusões.

A Suazilândia não se esgota neste conteúdo que estamos descrevendo aqui. Não podemos falar de um país como um todo quando a nossa experiência se resume a dois dias na sua capital, mas o pouco do que vimos e absorvemos com certeza está aqui para ser compartilhado com você.

Embora pequena e pouco falada no mundo, a Suazilândia ou eSwatini, é um país com uma cultura única e que tem muito a ensinar aos turistas que vão visitá-la!

 

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Ama animais, viagens e gastronomia, sempre tentando conciliar suas três paixões. Andou por mais de 60 países e está sempre programando a próxima viagem. O destino? Depende das promoções de passagens aéreas!

8 Comentários

  1. Oi Gabriela,
    Li seus artigos. parabens pelo blog. uma pergunta: eu nao encontrei o lugar onde vcs se hospedaram. O guia tambem, vcs contrataram aonde?

  2. Gabriela, primeiro obrigado pelas dicas, o que eu gostaria de saber e se consigo fácil um transfer que me leve de Joanesburgo a Mebabane, e depois outro de mebabane para Maputo, pois acho que não posso alugar um carro em Joanesburgo e devolver em Maputo.

    • Olá! Tudo bem?
      Eu acredito que você consiga um transfer, mas talvez seja mais fácil você fazer esse deslocamento de ônibus.
      Obrigada pela mensagem e me mantenho à disposição para ajudar.

  3. Ola Gabriela, legal de ler o seu blog!

    Farei uma viagem para Africa do Sul e terá também uma passagem pela Swazilândia.
    Estou bem confuso quanto a questão de visto. A maioria dos sites indica que brasileiros não precisam de visto, mas nas representações consulares, parece que é necessário.

    Não sei se você tem outra nacionalidade, mas seria legal saber como foi sua entrada!

    Obrigado,
    Marcelo

    • Olá, Marcelo! Tudo bem?
      Brasileiros não precisam de visto para entrar na Suazilândia. Entrei com o passaporte brasileiro (minha única nacionalidade) e foi super tranquilo.
      O que acontece é que, muitas vezes, alguns países exigem o “visto” do brasileiro, mas esse visto é gratuito e é apenas um carimbo. Isso aconteceu comigo nesse momento no Líbano.
      Pode ir tranquilo para a Suazilândia 😉
      Abraços