Três grandes impérios em um só lugar: essa é a história riquíssima de Constantinopla, atual Istambul, cidade batizada em homenagem ao Imperador Constantino, que governou o Império Romano até a sua morte, em 337.
Em seguida, surgiu o Império Bizantino, como uma continuação do Império Romano, agora chamado de Império Romano do Oriente, mantendo Constantinopla como a sua capital.
Tomada em 1453 pelos turcos otomanos, a cidade passa a ser domínio do Império Otomano, que sobreviveu até o fim da Primeira Guerra Mundial.
Somente em 1930 que Constantinopla passou oficialmente a ser chamada de Istambul, embora essa cidade tenha sido fundada mais de 600 anos antes de Cristo.
Para você entender melhor de que ano a que ano ocorreu cada período:
– Império Romano (período em que Constantinopla foi a capital): 330 a 395
– Império Bizantino: 395 a 1453
– Império Otomano (período em que Constantinopla foi a capital): 1453 a 1922
Dos livros de história para a vida real, foi assim que nos sentimos quando pisamos em Istambul. Era até difícil conceber que eu estava em Constantinopla, aquele lugar de uma história tão antiga que nem parecia que tinha existido de verdade!
Quarta maior cidade do mundo em população, Istambul é daquelas metrópoles que merece vários dias só pra ela (embora seja a maior cidade da Turquia, ela não é a capital). Seja para andar pelas ruas e admirar sua arquitetura ou para entrar em diversos edifícios históricos que fazem do lugar tão visitado por pessoas de todas as partes do mundo.
A primeira atração turística que avistei no primeiro dia que cheguei à cidade, ainda da janela do meu quarto no hotel, foi a Basílica de Santa Sofia, conhecida em turco pelo nome Ayasofya e em inglês por Hagia Sophia. A basílica está localizada no coração de Sultanahmet, que é o centro histórico de Istambul.
Construída durante o Império Bizantino, o hoje museu foi uma catedral católica romana e depois convertida em uma mesquita. Esse edifício, símbolo da arquitetura bizantina, foi considerada a maior catedral do mundo por quase 1000 anos. E o interessante disso tudo é que podemos ver todos os traços das diferentes religiões em um só lugar!
Se já dissemos aqui que a Hagia Sophia foi a maior catedral do mundo, você já deve imaginar o quão grande é a estrutura, hein?
Embora seja hoje um museu, não há um acervo com peças e obras de arte, mas apenas o edifício em si, com seus tetos e paredes decorados com mosaicos, além de imagens sacras e escudos com palavras escritas em árabe.
É um lugar imperdível, que consegue captar bem os períodos mais importantes da história de Constantinopla, mostrando a diversidade de cultura e religião da antiga capital de tantos impérios.
A entrada é paga e tivemos que enfrentar uma fila longa tanto para comprar ingressos quanto para entrar no museu.
Próxima à basílica, há outro local histórico: a Cisterna da Basílica, um palácio subterrâneo construído pelo imperador bizantino Justiniano. O lugar proporcionava um sistema de filtração de água para grandes palácios de Constantinopla e tinha capacidade de guardar 100 mil toneladas de água.
A estrutura da cisterna é formada por mais de 300 colunas altíssimas nos estilos greco-romanos. Mas o ponto alto do local são as bases de duas colunas esculpidas no formado de cabeças de medusas. Elas representam obras primas da arte durante o Império Romano.
Não se sabe ao certo quando as cabeças das medusas foram levadas para a cisterna e se o objetivo era de que servissem como bases das colunas. Tendo alguma simbologia ou não, turistas jogam moedas ao redor das medusas; uns acreditando que isso lhe trará alguma sorte, outros simplesmente para seguir o ritual turístico.
O local está aberto todos os dias nos seguintes horários (com exceção de 1 de janeiro e feriados religiosos): 9:00 às 17:30 (inverno) ou 18:30 (verão).
A entrada é paga e desembolsamos, na época, 20 tl (lira turca) por pessoa. Para informação sobre horários e valores atualizados, acesse o site oficial.
Outra grande ponto turístico da região é a Mesquita Azul (conhecida como Sultan Ahmed Mosque ou Blue Mosque), que leva esse nome por causa dos azulejos azuis que decoram seu interior. É um local sagrado para os muçulmanos e só está aberto para turistas fora dos horários das orações.
Para visitá-la por dentro, os turistas devem estar vestidos apropriadamente. Isso quer dizer que homens não poderão entrar de bermuda nem camisa sem manga e as mulheres, além de cobrir pernas e braços, deverão cobrir também os cabelos.
Para aqueles que não estão vestidos de acordo com as regras do lugar, o local disponibiliza roupas. Ah, sempre que for entrar em qualquer mesquita no mundo, é preciso tirar os sapatos.
Para conhecer o artesanato local, recomendamos uma visita ao Grand Bazaar, um dos maiores e mais antigos mercados cobertos do mundo, com diversas lojas que vendem lenços, tapetes, roupas, lembrancinhas, objetos de decoração, doces, temperos e muito mais!
São vendedores chamando todos os turistas que passam para conhecer seus produtos, oferecendo chás, doces e até fazendo brincadeira com eles. Muitos já reconhecem os brasileiros de longe rss
Muitos dizem que é um lugar para turista ver, mas o que são as nossas experiências sem conhecermos também os locais mais turísticos?
Lojas de doces turcos estão por várias parte da cidade, principalmente na região central. Dentre os diversos tipos, tivemos a oportunidade de experimentar o baklava, o lokum e o kesme dondurma. Achamos os quitutes extremamente doces, mas valeu a pena experimentar para conhecer.
Voltando a falar sobre os pontos turísticos, outra atração bastante visitada é o Palácio de Topkapi, construído na época em que os otomanos conquistaram Constantinopla, sendo o local residência dos sultões por quase 400 anos.
Assim, como nos outros pontos turísticos, há filas para entrar não só no palácio como também em cada sala dele. Dentre as áreas visitadas, há salas de tesouros reais, jardins, aposentos e a cozinha do palácio (que foi uma das partes mais interessantes), com peças de cerâmica chinesa. É proibido fotografar dentro das salas.
Como o palácio fica no alto de uma colina, a vista que se tem para o Estreito de Bósforo é muito bonita. Se o dia estiver bonito, vale a pena andar pelas áreas externas e jardins do palácio.
Acesse o site da atração para informações atualizadas sobre horários e valores.
Um dos passeios que queríamos muito fazer e que valeu a pena foi a subida na Torre de Gálata, uma torre medieval feita de pedra, construída na época do Império Bizantino e que proporciona uma vista panorâmica de 360 graus da cidade a mais de 50 metros de altura.
Apesar do mirante nas alturas, a subida é feita de elevador que dá acesso ao restaurante (precisa pagar para subir). A área do miradouro é estreita, mas bem protegida por grades de ferro.
Istambul é dividida pelo Estreito de Bósforo, que liga o mar Negro ao mar de Mármara e corresponde ao divisor dos continentes europeu e asiático na Turquia.
Andando em direção às margens do Bósforo, passamos pela Mesquita Yeni (New Mosque), mais uma das belas construções otomanas da cidade. Paramos para dar uma olhada por dentro e seguimos o passeio na beira mar.
Istambul é repleta de mesquitas e, qualquer pessoa que visite a cidade ouvirá, várias vezes ao dia, os chamados para as orações. É um canto sincronizado, que na primeira vez chama a atenção, mas que, aos poucos, vamos nos acostumando. É um som que deixa saudades!
Um dos últimos locais que visitamos e que é mais distante do centro (em Beşiktaş), foi a região do Palácio Dolmabahçe, o primeiro palácio no estilo europeu construído em Istambul, principal centro administrativo do Império Otomano.
O local estava fechado para visitação no dia que estivemos por lá e nos limitamos a vê-lo por fora. Uma pena, pois soubemos que é lindo por dentro.
Terminamos o passeio em Istambul em Taksim, um distrito famoso pelo intenso comércio, bares e restaurantes que fazem a cidade fervilhar durante a noite. É a área moderna de Istambul e onde vale a pena ir, nem que seja apenas por uma noite.
Foi lá, inclusive, onde Fabrício encontrou a camisa oficial da seleção da Turquia, mais uma para a sua coleção de camisas de futebol.
Aproveitei para experimentar o famoso sorvete turco, onde a atração é a performance do vendedor, que faz a maior brincadeira com os clientes. Todos compram o sorvete esperando a brincadeira e sempre são surpreendidos na hora de pegá-lo, já que ninguém consegue driblá-lo.
Passamos 4 dias maravilhosos na cidade, visitamos os principais pontos turísticos, comemos comida típica, aprendemos muita história e a vontade é apenas uma: de um dia voltar! É um local para ser visitado muitas vezes 😉
E você? Já esteve em Istambul?
O que achou?
Veja também:
- Onde experimentar comida típica em Istambul
- Sura Hagia Sophia: a nossa hospedagem em Istambul
- Aqua: um lindo restaurante às margens do Bósforo
- Voando para o Irã pela Turkish Airlines
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Boa tarde Gabriela,
me amarro em vcs e acompanho tudo!
Me diga uma coisa: Para Istambul é necessário visto ou mesmo algum valor a ser pago na imigração?
E como é a imigração lá sendo o meu primeiro destino de roteiro pelo leste europeu?
Posso levar apenas euro? É aceito? Ou então é fácil trocar? Qtos euros por dia qdo já se tem os hoteis pagos? Há algum valor minimo de exigencia?
Olá, Neto! Tudo bem?
Brasileiros não precisam de visto para visitar a Turquia e nem pagam nada quando passam pela imigração. Passei 2 vezes pela imigração em Istambul e achei super tranquila (não fizeram nenhuma pergunta). Como toda imigração, é prudente chegar ao país com algum dinheiro, cartão de crédito, reserva em hotel e seguro saúde. A moeda da Turquia é a lira turca, mas é bem fácil trocar os euros por lira chegando lá. Quanto aos gastos, vai depender muito do seu estilo de viagem. Os valores das atrações turísticas variam entre 12 e 48 reais (da mais barata até a mais cara). Para fazer as refeições também dependerá: comida de rua (é bem barata) ou nos restaurantes típicos, saem mais ou menos os mesmos preços de restaurantes no Brasil (de 60 a 100 reais um casal). Estou escrevendo um post sobre um dos restaurantes típicos que fomos na cidade e lá tem aqueles menus de entrada, prato principal e sobremesa por 13 euros tudo.
Estou programando um post com algumas dicas úteis para quem vai conhecer a Turquia 😉
Abraços!
Gabriela,
vc é nosso anjo!!!
obg!!!!
😉
É uma cidade cheia de história, sem dúvida! Está na minha lista de cidades a visitar 🙂 Deve ser diferente de tudo o que vi até agora. A chamada para a oração ouve-se mesmo em toda a cidade?
Istambul é fascinante, Catarina! Não deixe mesmo de conhecer essa cidade tão rica 😉
Sim, na hora da chamada para a oração a cidade toda canta. É muito interessante! Todos os dias eu acordava com a chamada rss
Que legal Gabi! Istambul está em nosso roteiro. Não vejo a hora de conhecer!
Excelente post! Rico em detalhes históricos. Adorei!
😉
Istambul é inexplicavelmente fantástica! Vá com tudo, pois não tem como não gostar 😉
Obrigada!
Entrei aqui para comentar o post e vi que já tinha comentado e até salvo! Hehehe
Beijos, Gabi!