O que fazer no Líbano: roteiro de 10 dias no país

O que fazer no Líbano: roteiro de 10 dias no país

Está programando uma viagem para o Líbano e não sabe o que fazer por lá? Quantos dias são necessários para viajar pelo país e quais cidades conhecer? Aqui você encontrará as respostas para essas perguntas! 

O Líbano é aquele país do Oriente Médio que pouco se fala entre os turistas brasileiros, ainda mais se compararmos com a Turquia, Israel, Emirados Árabes e até mesmo a Jordânia.

Foram tantas as dúvidas que tivemos em relação ao que fazer no Líbano e quantos dias reservar para o país, que, antes da viagem, demoramos algumas semanas para conseguir deixar o nosso roteiro pronto.

A nossa primeira dúvida era quantos dias ficar em cada cidade, já que estávamos de passagens compradas para Beirute e ainda incluiríamos a Jordânia nesse mesmo “pacote” de viagem.

Foi quando pegamos o mapa do país e fomos vendo distância por distância entre as cidades para então decidirmos que ficaríamos por 12 dias no Líbano (contando o dia da chegada e o dia da partida).

A nossa segunda dúvida era a melhor forma de se locomover tanto nas cidades que iríamos visitar quanto em Beirute, a capital do país. Inicialmente pensamos em viajar utilizando algum transporte público, mas depois acabamos mudando de ideia, pois estávamos com um bebê e não queríamos nos arriscar.

Cedros Libano

Passeando pela floresta de Cedros em Bsharri

Resolvidas essas questões, partimos para o Líbano cheios de expectativas e com um roteiro recheado de lugares interessantes. Sem dúvida que foi uma viagem surpreendente!

COMO SE LOCOMOVER NO LÍBANO

Transporte público

Antes de viajar, fizemos uma pesquisa ampla sobre transporte público no Líbano, principalmente em Beirute, e as informações que encontramos eram de que o transporte público era feito de táxis compartilhados e vans.

Chegando lá, constatamos que realmente o transporte público era bem deficiente e nos locomovemos de Uber na capital, que funcionava bem (mais um motivo de precisarmos do chip de internet).

Traslado do aeroporto de Beirute

Em relação ao transporte do aeroporto ao centro, o valor cobrado pelos táxis normalmente varia de U$25 a U$30. Conhecidos que estiveram na cidade disseram que realmente não tinha muita opção e relataram ter que barganhar com o motorista antes de fechar a corrida.

Como o nosso voo chegaria de madrugada e estávamos com um bebê, preferimos pegar um transfer pré-agendado e assim ter a tranquilidade de saber que estariam nos esperando quando chegássemos.

Embora o traslado do aeroporto ao centro de Beirute seja bem caro, conseguimos fazer o trajeto de volta por um valor mais acessível. Conversamos com taxistas na cidade e nos cobraram valores que variavam de U$10 a U$14.

Ônibus turístico

Em Beirute é possível fazer passeios turísticos em ônibus panorâmicos de dois andares (hop-on hop-off) que param nas principais atrações turísticas da cidade.

Esses ônibus são equipados com wifi a bordo e oferecem água mineral gratuita aos passageiros.

Aluguel de carro

Nós alugamos um carro para percorrer o país. Apesar de termos lido que o trânsito pelo país era caótico, resolvemos arriscar e essa foi uma decisão acertada!

De fato, o trânsito no Líbano não é nenhuma maravilha, mas não é nada do outro mundo para o motorista que dirige nas capitais brasileiras.

Não queríamos que essa viagem pelo Líbano fosse muito engessada e estar com o carro em mãos nos deu uma liberdade para organizarmos o nosso roteiro da forma mais flexível possível, principalmente pelo fato de estarmos com um bebê, na época com 1 ano e 7 meses.

Lembrando que para dirigir no Líbano é preciso ter a PID – Permissão Internacional para Dirigir.

Bate e volta partindo de Beirute

Para quem não se sente confortável em dirigir em outro país, uma opção seria contratar excursões que partem de Beirute para outras cidades do país.

São passeios de bate e volta partindo da capital do Líbano e que duram o dia inteiro.

+Confira algumas opções de passeios para cidades turísticas no Líbano  

O QUE FAZER NO LÍBANO EM 10 DIAS

Passamos 10 dias no Líbano e não faltaram passeios interessantes para se fazer no país. As distâncias curtas entre as cidades facilitam muito a locomoção e é possível organizar um roteiro que inclua diferentes cidades dia a dia ou até mesmo fazer bate-voltas partindo de Beirute.

Caso decida também alugar carro para percorrer o país, não custa nada se informar antes com alguém da locadora de carro ou do seu hotel sobre a melhor estrada para visitar determinada cidade.

No mapa abaixo estão marcadas todos os locais que visitamos durante os 10 dias que passamos no Líbano.

Compartilharemos com você o nosso roteiro pelo país, quantos dias passamos em cada lugar, quais os locais que visitamos e onde ficamos hospedados.

⚠️Esse roteiro é de 10 dias inteiros no país, não incluindo os dias de chegada e partida do Líbano.

Dias 1, 2 e 3: Beirute

Beirute, capital do Líbano, foi nossa porta de entrada e saída no país.

É uma cidade muito bonita, com uma orla agradável para se caminhar, e algumas bairros tão charmosos que parecem até que estamos em cidades de países europeus.

Orla de Beirute

A agradável orla de Beirute

Foi uma cidade que nos surpreendeu muito positivamente e sugerimos que tire pelo menos 3 dias para explorá-la bem, seja andando na orla ou visitando seus locais históricos.

Para explorar Beirute, nós recomendamos, além de caminhar pelas ruas da cidade, usar ônibus turístico ou Uber, já que o transporte público não é bom por lá.

Listamos abaixo os locais que visitamos em Beirute e que recomendamos:

  • Zaitunay Bay
  • Beirute Souks
  • Place Etoile
  • Roman Baths
  • Cardo and Decumanus Crossing
  • Saint Georges Maronite Cathedral
  • Mohammad Al-Amin Mosque
  • Praça dos Mártirs
  • Beit Beirut
  • Corniche
  • Raouche Rocks
  • Museu Arqueológico da Universidade Americana de Beirute
  • Hamra
Roman Baths Beirute

Ruínas dos antigos banhos romanos (Roman Baths) bem no centro de Beirute

Durante todos os dias que estivemos em Beirute ficamos hospedados no Ny Suites, um hotel simples, confortável, bem localizado e com valores acessíveis.

++Você pode também acessar aqui uma lista com diversas opções de hotéis em Beirute

Dia 4: Gruta de Jeita e Harrisa

Após 3 dias na capital, pegamos o carro e partimos de manhã cedo para conhecer a Gruta de Jeita – Jeita Grotto, um dos grandes cartões postais do país e que MERECE muito a visita.

Trata-se de duas grutas cristalizadas de calcário, feitas de estalactites e estalagmites, esculpidas naturalmente em diferentes formas, tamanhos e cores. O passeio é separado em duas partes: primeiro visita-se a parte alta da gruta (Upper Grotto) e depois a parte baixa (Lower Grotto).

Para se ter uma ideia, uma das estalactites mais altas do mundo está nessa gruta e mede 8,2 metros.

Durante o passeio pelas grutas não é possível tirar foto nem filmar e é obrigatório deixar quaisquer câmeras e celulares nos armários disponíveis na entrada da atração.

Gruta de Jeita Libano

Entrada da parte baixa da Gruta de Jeita (Lower Grotto)

Jeita Grotto

Essas são as fotos que estão no site oficial da atração

As grutas são impressionantes e só estando lá para ter dimensão do lugar! Se for conhecer o Líbano, não deixe de visitar a Gruta de Jeita. Vale muito a pena!!!

Para informações sobre horários de funcionamento e valores, acesse o site oficial da atração.

Após esse passeio lindíssimo, seguimos viagem em direção a Harissa, um santuário cristão onde há uma estátua imensa da Nossa Senhora do Líbano – Our Lady of Lebanon, erguida a mais de 600 metros de altura, uma pequena capela e uma basílica.

Harissa Libano

A estátua da Nossa Senhora do Líbano

Para chegar ao local há duas possibilidades: ir de carro até os pés da estátua (há estacionamento gratuito) ou ir de carro até Jounieh e de lá subir o teleférico.

A vista que temos de cima da estátua e visão panorâmica do caminho feito pelo teleférico são muito bonitas e fazem valer a visita. Pagamos 9000 LBP pelo ticket de ida e volta de teleférico e curtimos o passeio que tem a duração aproximada de 18 minutos (ida e volta).

Jounieh Libano

A visita pode ser um pouco mais demorada para as pessoas mais religiosas que desejem parar para fazer orações. Para quem deseja apenas apreciar a vista e fazer o passeio de teleférico, recomendo separar pelo menos 1 hora para o local.

De lá, seguimos viagem até Biblos, onde visitamos o centrinho histórico rapidamente e depois fomos a Halat para dormir.

++ Várias opções de hotéis em Halat 

Dia 5: Byblos

O quinto dia de viagem foi dedicado inteiramente a visitar Byblos ou Biblos – Jbeil (nome dado pelos árabes), uma antiga cidade portuária fenícia conhecida por ser a cidade continuamente habitada mais antiga do mundo!

Por Byblos já passaram fenícios, gregos, egípcios romanos e muitos outros povos.

O nome Byblos é de origem grega e acredita-se que dele se derivou o nome que hoje conhecemos como Bíblia. Isso porque o papiro egípcio era exportado para a Grécia através de Byblos.

Separe o dia inteiro para andar pelo centro histórico de Byblos, se perdendo pelos souqs (mercados), a igreja da era das cruzadas de São João Marcos (Church of St.John-Mark) e visitando ruínas antigas.

Souq Byblos

Souq em Byblos

Em Byblos, você terá a oportunidade de visitar o castelo construído pelos cruzados no século XII (Byblos Citadel – 8000 LBP), uma fortificação à beira mar, e também de ver ruínas romanas no centro da cidade.

Byblos Citadel

Ruínas do Byblos Citadel

Para entender mais sobre a história de Byblos, recomendo um texto interessantíssimo que Mairon pelo Mundo escreveu sobre a cidade.

++ Acesse aqui uma lista de hotéis em Batroûn

Dia 6: Batroûn e Bsharri

No sexto dia de passeios pelo Líbano, fomos a Batroûn, uma cidade costeira que, assim como Byblos, também figura entre as mais antigas do mundo.

Chegamos lá em uma manhã de sexta-feira e encontramos uma cidade quase que fantasma. Estava animada para comprar algumas especiarias no Old Souk, mas infelizmente nada estava funcionando naquele dia.

Batroûn Líbano

Tudo fechado em Batroûn

Fomos visitar o Phoenician Wall, um paredão natural que foi reforçado com pedras pelos fenícios, que utilizaram o muro como forma de se protegerem de tempestades e invasores do mar.

O local é muito bonito e aprazível! Passamos um bom tempo por lá andando entre as pedras e curtindo a paisagem.

Phoenician Wall Líbano

O famoso Phoenician Wall

Phoenician Wall

Olhe que lugar lindo!

Depois, retornamos para o centro da cidade e tudo ainda continuava fechado. Passamos na St. Stephen’s Church, uma igreja com traços bizantino, romano e gótico. Enquanto eu olhava o seu interior, o meu filho pequeno mexia em tudo que via pela frente. Até que ele pegou um livro e começou a folhear. Foi quando eu vi, pela primeira vez na minha vida, uma bíblia escrita em árabe!

Sem ter ainda muito o que fazer na cidade, pegamos o carro e fomos conhecer a floresta de cedros que está localizada em Bsharri.

Conhecido como Cedars of God – Cedros de Deus – constitui os últimos vestígios das florestas de cedro do Líbano, que é a árvore nacional, símbolo que estampa a bandeira do país.

O local é mantido por meio de doação (o visitante paga quanto quiser) e vai andando por meio de uma trilha de chão batido entre as árvores. É um passeio com um visual lindíssimo e muito ar puro. Separe pelo menos 1 hora para andar lá dentro!

Floresta de Cedros Libano

Como a floresta está localizada nas montanhas, a temperatura é mais baixa que em cidades do nível do mar mesmo em épocas mais quentes. No inverno, chega até a nevar, tanto que há estação de ski por lá.

Quase fim de tarde, fomos dar uma volta no centro da cidade e acabamos parando na frente da Our Lady of Bsharri Church, a igreja da Nossa Senhora de Bsharri. A construção está localizada em uma parte mais alta que proporciona uma vista legal de parte da cidade.

Como a noite se aproximava, decidimos descansar no hotel para no dia seguinte explorarmos outras cidades. Com o tempo ficando escasso, não conseguimos visitar o Museu Gibran Kahlil Gibran.

++ Encontre o seu hotel em Bsharri

Dia 7: Baalbek e Anjar

O dia começou chegando a Baalbek (Balbeque), antiga cidade fenícia que atingiu seu apogeu durante o Império Romano e ainda guarda vestígios de suas estruturas colossais, que foram construídas por mais de dois séculos.

Conhecida como Heliópolis durante o período helenístico, o local foi um dos santuários mais famosos do mundo antigo, quando peregrinos chegavam lá para venerar as três divindades da Tríade Romanizada de Heliópolis: Júpiter, Vênus e Mercúrio.

Sua acrópole (a entrada custou 15000 LBP) abrange vários templos como o templo de Júpiter, o templo dedicado a Baco e o templo de Vênus. A caminhada entre as ruínas é muito interessante e pode levar muito tempo, a depender do seu interesse. Para quem se interessa por história da antiguidade, vale a pena separar um turno para percorrer o local.

Baalbek Ruins

Templo de Júpiter

Lembre-se de fazer esse passeio com sapatos e roupas confortáveis. Se estiver muito calor, sugiro que leve água, protetor solar e chapéu. Quando estivemos lá, mesmo sendo no outono, fazia um calor infernal e várias vezes paramos para descansar em alguma sombra que encontrávamos.

Já em épocas mais frias, soubemos que chega a fazer temperaturas negativas por lá. Em relação ao frio, atenção para viagens entre dezembro e março, quando as temperaturas são mais baixas.

O passeio pelas ruínas históricas de Baalbek foi, sem dúvida, um dos mais marcantes de toda a nossa viagem ao Líbano e recomendo muito!

bacchus temple baalbek

Nas ruínas do Templo de Baco

O segundo e último local que visitamos nesse dia foi Anjar, uma pequena cidade do Vale do Beca, que tem a sua população composta, majoritariamente, de armênios refugiados, que estabeleceram assentamento em terras libanesas entre 1939 e 1941, primeiros anos da Segunda Guerra Mundial.

O motivo da nossa visita à cidade foi conhecer o Sítio Arqueológico de Anjar (pagamos 6000 LBP) e ver de perto as suas ruínas do século VIII, de uma cidade histórica que foi descoberta pelos arqueólogos apenas na década de 40.

Sítio Arqueológico de Anjar

Entrando no Sítio Arqueológico de Anjar

O local era um centro comercial em meio a duas rotas importantes: uma que levava a Beirute e a Damasco e outra que atravessava o Vale do Beca e levava a outras cidades na Síria e também a Israel.

A cidade fortificada era cercada por muros e por dezenas de torres e tinha um plano urbanístico muito bem estruturado, de forma que a cidade fosse dividida em quatro partes iguais. O palácio do califa e a mesquita ocupavam a parte mais alta, enquanto os pequenos palácios (haréns) e os locais de banhos estavam localizados em uma área que facilitasse o funcionamento e evacuação de água residuais.

Anjar Libano

Fundada durante o período omíada, sob o domínio do califa Walid Ibn Abd Al-Malak (705-715), infelizmente a cidade de Anjar teve uma breve duração e nunca foi concluída, tendo sido parcialmente destruída e abandonada em 744, quando o califa Ibrahim, filho de Walid, foi derrotado.

A cidade de Anjar fica a apenas 57 km de Damasco, capital da Síria, e a 11 km da fronteira entre os dois países. Infelizmente, por entendermos que talvez não fosse ainda o melhor momento para visitar aquele país, não pudemos aproveitar a oportunidade.

Já era final de tarde quando seguimos para dormir em Beirute, cidade que seria a nossa base nos próximos 4 dias.

Dia 8: Moussa Castle e Beiteddine

Localizado a 43km de Beirute, está o Moussa Castle, um castelo construído por Moussa Abdel Karim Al Maamari, inspirado na Idade Média. 

Anos antes, Moussa havia trabalhado com grandes construções, como a restauração de uma fortaleza em Saida, a renovação e escavação no Museu Nacional de Beirute e a restauração do Palácio de Beiteddine. Finalmente, em 1962, ele começou a construção do seu castelo, que hoje é um grande museu.

Ao andar pelo interior do castelo, podemos ver retratados os costumes do povo da região, com representações das pessoas no seu dia a dia, seja se reunindo para fazer as refeições, fazendo pães, fumando narguilé ou das crianças dentro da sala de aula.

Moussa Castle Libano

Figuras que retratam o modo de vida dos habitantes da região

Moussa Castle

Animação dentro do castelo!

O passeio foi mais interessante pelo fato de estarmos com uma criança pequena, pois consideramos a entrada no castelo cara (pagamos U$10 para cada pessoa) para o que a atração oferece.

O Moussa Castle está aberto para visitação todos os dias da semana nos seguintes horários:

  • Maio a outubro: das 9h às 18h
  • Novembro a abril: das 9h às 17h

O segundo lugar que visitamos e que gostamos bastante foi o Beiteddine Palace (Beit ed-Dine), um palácio do século XIX, construído em uma colina cercada por jardins e com salões suntuosos em seu interior.

Após a independência do Líbano, em 1943, esse palácio foi declarado residência de verão dos presidentes e hoje em dia está aberto para visitação turística, embora uma parte dele ainda esteja sendo restaurada.

É possível visitar seus aposentos com móveis antigos, detalhes em mármore embutido e em madeira de cedros esculpidos com escritas em árabe, além dos belos pátios, fontes e a sua linda arquitetura como um todo.

Beiteddine Palace Libano

O pátio do Beiteddine Palace

Nos estábulos, que ficam na parte debaixo do palácio, há uma grande amostra de mosaicos bizantinos dos séculos V e VI.

O valor da visita para cada pessoa é de 10000 LBP e achei que foi um ótimo investimento, pois o local é muito bonito e realmente merece uma visita!

Saindo do palácio, uma opção é passear em Deir al-Qamar, uma vila localizada a apenas 5km de Beiteddine.

Essa vila é composta de casas típicas de pedra com telhados vermelhos, formando um cenário pitoresco. Há uma pracinha com chafariz, uma mesquita e uma igreja, além de várias lojinhas de lembrancinhas.

Como viajar com criança pequena é ver o mundo de uma forma a passos lentos, retornamos a Beirute para descansar e planejar a viagem do dia seguinte.

Caso resolva não visitar o Moussa Castle, poderá utilizar o tempo de sobra para ir a Sidon, cidade que falaremos mais pra frente.

Dia 9: Tiro

Tiro ou Tyre, assim como Byblos, foi uma das primeiras metrópoles fenícias, conhecida por ser uma das mais antigas cidades continuamente habitadas no mundo. A cidade atualmente é conhecida como Ṣūr, em árabe, e abriga joias preciosas do Líbano.

A cidade possui muitos locais antigos, mas o que ganha muita atenção é Al-Bass Tyre necropolis, que era a entrada principal da cidade nos tempos antigos, com um arco triunfal do século II, um aqueduto e o hipódromo  (Tyre Hippodrome), um dos Patrimônios Mundiais da UNESCO e que vale MUITO a visita!

Al-Bass Tyre necropolis

Considerado um dos maiores hipódromos e mais bem preservados do seu tipo no mundo romano, o local é um mundo de vestígios da antiguidade.

Tyre Hippodrome

O antigo hipódromo de Tiro

Tudo dentro desse sítio arqueológico é muito interessante, desde os assentos do antigo hipódromo ou os restos de ruínas espalhados pela imensa área ao seu redor, com arcos, obeliscos e urnas funerárias fenícias. É um passeio que pode levar bastante tempo.

O valor que cada um pagou para entrar no sítio foi de 6000 LBP.

Outro local que visitamos na cidade foi Al Mina Arqueological Site, um sítio arqueológico à beira mar, que leva ao antigo porto submerso.

Suas ruínas milenares incluem uma rua pavimentada com mosaicos romanos e bizantinos, diversas fileiras de colunas enormes. Vale a pena a visita!

Al Mina Arqueological Site

Pausa para descanso em uma das tantas colunas do Al Mina Arqueological Site

O valor que pagamos (cada pessoa) para visitar esse sítio arqueológico foi 6000 LBP.

Dia 10: Sidon e retorno a Beirute

O último local que conhecemos no país foi Sidon, uma cidade costeira com uma grande importância histórica. Por ela passaram fenícios, egípcios, assírios, babilônios, gregos e romanos. Se você leu todo o post até aqui, já deve ter percebido que, quando falamos de cidades históricas, é muito difícil escolher apenas uma do Líbano.

Durante os 10 dias que passamos no Líbano, tentamos incluir o máximo de cidades turísticas, contando com a vantagem de que o país é pequeno e que as distâncias são curtas.

Se você estiver indo na direção de Sidon e encontrar uma placa escrito Saida, não ache que está lendo a palavra “saída” sem o acento. Na verdade, esse é o nome de Sidon em árabe e escrito no alfabeto romano.

O nosso passeio por Sidon começou pelo souq, que é um grande mercado que vende de tudo: roupas, especiarias, carnes, brinquedos, frutas, verduras, produtos de limpeza e tudo mais que você possa imaginar.

Souq Sidon

Uma das lojas que estava aberta no souq de Sidon

Como era um dia de domingo, as lojas fecharam mais cedo e não conseguimos aproveitar muito delas, e passamos o nosso tempo andando pelas ruelas do souq.

Mesmo com várias lojas fechando suas portas, foi um passeio que acabou se mostrando interessante, visto que descobrimos um mundo entre as vielas dessa região, com casas e lojas dentro de construções de tijolos com portas e janelas de madeira. Era um cenário bem diferente!

⚠️Se a fome bater, vale a pena experimentar o falafel no Falafel Abou Rami: local simples com comida barata e muito saborosa.

Do outro lado da avenida principal de Sidon está um ponto turístico famoso da cidade, o Sidon Sea Castle, construído pelos cruzados no século XIII para ser uma fortaleza da terra santa.

Dentro do castelo, que não é tão bem preservado, há colunas romanas, torres e uma área com canhões, mas o interessante mesmo do local é a composição dessa estrutura antiga na beira do Mar Mediterrâneo.

Sidon Sea Castle

Entrada do Sidon Sea Castle

Sidon Sea Castle

Dentro do Sidon Sea Castle

Pagamos, cada um, 4000 LBP para entrarmos no Sidon Sea Castle.

No final da tarde, voltamos para Beirute, a nossa base nesses 3 últimos dias e nossa porta de partida de volta para casa.

O que achamos do Líbano

O Líbano é um país com uma história riquíssima e muito antiga, um prato cheio para quem gosta de história.

Infelizmente, a imagem do país ainda está muito atrelada à Guerra Civil Libanesa, que acabou no início da década de 90, mas que até hoje circula no imaginário das muitas pessoas. Além disso, a tensão entre Líbano e Israel e a sua proximidade com a Síria intensificam essa imagem do Líbano à guerra.

Não podemos negar que o cenário do Líbano é muito diferente do Brasil, com militares armados por todo o país e checkpoints em muitos locais. No entanto, não nos sentimos inseguros em momento algum.

O que vimos no país foi totalmente o oposto dos perguntas que escutamos sobre a falta de segurança por lá. Passeamos por cidades seguras e conhecemos um povo muito amistoso!

Fim de tarde em Beirute

Passamos dias inesquecíveis no Líbano!

Leia também:

É seguro fazer turismo no Líbano?

Roteiro de 3 dias em Beirute

Diário de viagem: Líbano e Jordânia

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Ama animais, viagens e gastronomia, sempre tentando conciliar suas três paixões. Andou por mais de 60 países e está sempre programando a próxima viagem. O destino? Depende das promoções de passagens aéreas!

12 Comentários

  1. Oi! muito obrigada por compartilhar esse roteiro. Em média, qual foi o valor investido por adulto? e em que época do ano vcs foram?
    muito obrigada!

    • Olá! Tudo bem?
      Fomos no mês de outubro. Sobre valores, não me recordo mais números exatos, mas acredito que 100 dólares por dia seja um valor bem tranquilo para cobrir todas as despesas e ainda sobrar.
      abraços,
      Gabi

  2. Excelente site, preciosas informações.

    Vocês contrataram alguém de lá para fazer o roteiro ?

    Estou pensando em ir porém com receio de ir sem um guia local devido ao idioma.

    Obrigado !