Há 30 anos, eu estava indo para os Estados Unidos por um ano para viver a experiência de ser um estudante de intercâmbio. O interessante desta narração, no entanto, é observar que um intercâmbio naquela época era simplesmente muito diferente do que é hoje. Vamos à história que é mais interessante!
Era julho de 1994, eu morava em Ilhéus, Bahia, e estava no terceiro ano colegial quando fui selecionado pela empresa que meu pai trabalhava para passar um ano nos EUA com bolsa (sim, foi tudo de graça!). Outros anos, outra década, outro século, outro milênio. E muitas coisas mudaram. Sendo assim, para o post ficar “didático” (rs), vou dividir em tópicos, mostrando como era a situação naquele momento no Brasil para que possamos comparar com a atual. Vamos lá!
Economia:
O Brasil, naquele mesmo mês, em 1º de julho de 1994 (coincidentemente o dia em que fiz 17 anos), lançava o real, nova moeda que vinha substituir o cruzeiro real. Para a galera mais jovem (que não vivenciou aquela época), isso significou o fim de uma inflação galopante, que só quem tem mais de 40 anos de idade hoje em dia sabe do que estou falando. Esqueça a inflação da qual nos queixamos atualmente. Naquela época, você pegava o ônibus para ir à escola de manhã e corria o risco de, na volta, a passagem estar mais cara. Economizar a mesada era fora de questão: o dinheiro que você guardava de um mês para o outro se desvalorizava pela metade, ou seja, recebendo a mesada, você deveria gastar tudo com bala, sorvete, figurinhas e afins, pois não adiantava guardar no cofrinho de casa.
Por isso tudo, como estávamos acostumados com a inflação, preços aumentando do dia para a noite, eu queria comprar tudo que eu achava que estava barato, sempre com medo de aumento. Aí tinha que ouvir dos americanos que eu não corria este risco, que se os preços mudassem, era para ficar menores. Juro que não era fácil! Além do mais, naquela época, as coisas chegavam ao Brasil com muito mais atraso. Se um modelo de discman (um toca-cd portátil) era lançado lá, chegava aqui com alguns anos de atraso e pelo quíntuplo do preço. Imagine então minha situação: ia a um shopping, via algo que nunca tinha ouvido falar, por um preço baixo, e ainda tinha que me controlar para não comprar! Era muita tortura… (rs)
E quanto a viajar de avião? Voar naquela época era coisa bem mais difícil, as duas empresas que lideravam este mercado no Brasil nem existem mais (VARIG e VASP) e as passagens eram bem caras. Para comprá-las, tinha que ir a uma agência de turismo, pois não havia compra pela internet. Opa!! Internet??? Que diabo é isso? Vamos ao próximo tópico para entender…
Comunicação:
Nas informações que tivemos sobre a vida de estudante de intercâmbio, fomos orientados a evitar muito contato com os nossos familiares do Brasil, especialmente no primeiro momento, quando havíamos acabado de chegar, pois isso poderia gerar mais dificuldade de adaptação. Além do mais, as ligações internacionais eram absurdamente caras! Se hoje a gente se queixa dos preços, imagine há 30 anos! Pois então, por estas razões, assim que cheguei à casa de minha família, telefonei para o Brasil para dizer que estava bem. Conversa curta, dava um alô para pai, mãe, irmã e irmão, e então só ligava dali a um mês. Daí então você mergulhava em outro mundo! Nada de whatsapp, messenger, instagram, facebook, email. ERA CARTA!!! Isso significava que era preciso ter papel, envelopes, selos e o mais importante: PACIÊNCIA!! Muita paciência!! Uma carta levava em média 2 a 3 semanas para chegar a seu destino e esse mesmo tanto para a resposta voltar, se o interlocutor fosse rápido!
Eu, que nunca fui um cara muito quieto, de falar pouco, tinha que gastar um monte de caneta para escrever carta para as 700 mil pessoas com quem me correspondia. Até meus amigos estrangeiros que moravam em cidades próximas a Mesa recebiam minhas cartas, pois eu não tinha dinheiro para telefonar para ninguém.
Celular?? Só em filme! Não tinha essa de “qualquer coisa você me dá um toque”! Tinha que ligar para a casa da pessoa ou ir pessoalmente lá ver o infeliz! Do contrário, só sinais de fumaça.
Ora, sem internet e celular você já sabe: nada de Facetime ou Skype. Só veriam a sua cara ou você veria a de um parente seu se mandasse fotos ou vídeos (pelos correios, óbvio) ou se a pessoa fizesse uma besteira tamanho “internacional” e saísse na Globo. Do contrário, esqueça. Aí que entra a parte legal da história: nesta época eu estava com apenas 17 anos e no meu auge capilar. Não tinha negócio de cabelo faltando em qualquer parte da cabeça, então pensei: “não corto mais essa ‘pinoia’ até voltar ao Brasil daqui a um ano”.
E assim foi. E tudo teve que ser mirabolantemente pensado: como tinha que mandar fotos para minha família de vez em quando, eu, cuidadosamente, o escondia no boné e todos imaginavam que continuava curto, como sempre. Depois de longos doze meses nos EUA, você pode imaginar como foi chegar ao Brasil e aparecer para sua família e seus amigos com o cabelo abaixo dos ombros. Se fosse hoje em dia, sem chances. Algum desgraçado ia te entregar ao dar um “tag” em alguma foto, que você nem viu ser tirada, e colocada no Facebook. Sim, o atraso tecnológico tinha suas vantagens.
Ainda na parte de comunicação, falemos agora de outros detalhes. Como já deu para entender mais acima, a palavra internet sequer era conhecida. E é aí que está o grande diferencial daquele tempo para hoje. Comecemos com uma historinha:
Assim que parti do Brasil, mais precisamente do Rio de Janeiro, fui direto para Miami, onde passei pela imigração, e depois em direção a Phoenix, Arizona, meu destino final, após uma rápida conexão em Houston. Boa parte deste trajeto foi na companhia de uma paulista de Assis, Juliana, que também estava indo para o Arizona e se tornaria minha grande amiga da época de intercâmbio.
Ao chegar a Phoenix, fomos levados para um hotel onde receberíamos orientações e encontraríamos a família que nos hospedaria por um ano. O primeiro choque foi o calor ABSURDO que fazia no Arizona. Como lá era verão, os termômetros estavam SEMPRE acima dos 40℃. Literalmente um inferno. E é aí que a gente começa a ver a diferença daqueles tempos para hoje. Atualmente, se vamos viajar para algum lugar, apelamos para o Google, sites de informações, blogs (como este aqui) e tripadvisor para sabermos sobre nosso destino.
Naquela época, a opção era uma: ENCICLOPÉDIA!!! Quer saber como é o Arizona? Vá procurar o verbete na Enciclopédia Barsa ou Delta Universal (tínhamos as duas em casa). Aí, com muita sorte, você poderia achar o que procurava. Quer saber em que parte dos EUA ficava Phoenix? ATLAS!! Um livro com todo tipo de mapa que você pudesse imaginar. O problema é que eu ia morar em Mesa, cidade ao lado de Phoenix e que, com certeza, não aparecia em Atlas nenhum neste mundo…. Se hoje você pode simplesmente se dar ao luxo de abrir o Google Maps e até ver a casa onde vai se hospedar, a distância para sua escola, etc, naquela época você tinha que ir ao local e decorar o caminho de ida e de volta. Não conseguiu? Faça o caminho de novo que aprende. Depois de muitas tentativas, acabava decorando.
Os computadores ainda eram um pouco raros nas casas. Já havia algumas com computadores, mas eram mais utilizados para trabalho e jogos, nada de internet. Assim, algo que tivesse acabado de acontecer no Brasil só seria descoberto por mim no mês seguinte, quando chegasse a carta de alguém avisando, ou quando falasse no telefone com minha família, o que era com frequência mensal. Aí eu lembro que quando fazia intercâmbio, Tom Jobim morreu. Só que só fui saber algumas semanas depois, quando meu colega de escola (também brasileiro) falou com os pais e ficou sabendo da informação. Isso quer dizer que a missa de 7º dia já tinha passado havia dias, e eu nem sabia da morte ainda.
E quanto aos canais de TV? Opa, aí também era algo interessante. Quem morava em Ilhéus tinha umas 4 opções de canais: Globo, SBT, Bandeirantes e a extinta TV Manchete. Só! Em cidades maiores poderia ter uma ou outra a mais. Aqueles que tinham antenas parabólicas pegavam mais outros canais, mas poucos que prestavam (quem não se lembra de um canal que só tinha boi e outro que só tinha tapete?). Pois é, quando cheguei lá, tinha uma tal de “TV a cabo”, (rs). Eu nunca tinha ouvido falar… Aí era só alegria, canal pra caramba, tudo quanto é tipo de notícias, programas, etc. Mas não tinha campeonato brasileiro. Só quando voltei ao Brasil fiquei sabendo que os craques da época eram Amoroso e Sávio, jogadores que eu nunca tinha ouvido falar.
E falando em futebol, eu cheguei aos EUA em 6 de agosto de 1994, três semanas após a final Brasil e Itália (Brasil tetracampeão naquele ano) em copa que tinha ocorrido lá nos EUA. Detalhe: NINGUÉM LÁ SEQUER SABIA QUE TINHAM RECEBIDO UMA COPA, MUITO MENOS QUEM TINHA SIDO CAMPEÃO!!
Pois é, hoje seria muito pouco provável que isso acontecesse da mesma maneira, pois a MLS (Major League Soccer – Liga de futebol dos EUA, fruto da exigência da FIFA para que a copa ocorresse lá) ganhou muito espaço por aquelas bandas e porque todo americano teria algum amigo que postaria algo a respeito disso no Facebook, ou mesmo porque veriam alguma chamada a respeito quando abrissem qualquer site de informação local.
Câmeras fotográficas:
Você consegue se imaginar fazendo uma viagem, mesmo que de apenas um fim de semana, e não tirar sequer uma foto? Nem que seja com o celular? Pois é, eu tinha uma câmera. Mas daquelas bem simples, com filme, analógica. Nem se sonhava em existir câmera digital, com display. Agora imagine passar um ano em outro país, visitando um monte de lugar legal, interessante, e ter alguns poucos rolos de filme para usar. Eu preferia comprar os rolos de 36 poses e só puxar um pedacinho da fita para ver se conseguia aproveitá-lo um pouquinho mais. Lembro que, em média, conseguia tirar até 38 fotos por filme, mas não era sempre. E o resultado das fotos só saberíamos ao fazer a revelação, o que poderia, inclusive, significar que a foto saiu queimada, tremida, com você de olho fechado, etc. Queria sair legal na foto? Era bom que tivesse ensaiado bastante a cara, porque você só ia saber a m… da cara que tinha feito quando revelasse as fotos. Lembro que usei mais de 30 filmes em um ano e hoje fico me perguntando quanto gastei de dinheiro para comprá-los e pagar revelação. Não faço ideia, mas foi uma fortuna. Se fosse nos dias de hoje, teria tirado a mesma quantidade de fotos daquela época apenas nas primeiras duas semanas! Mas apesar de tudo, tenho que reconhecer que aquela curiosidade que tínhamos quando íamos buscar as fotos reveladas na loja era sem igual, tempo que não volta.
Música:
De quando uma banda fazia sucesso nos EUA até chegar ao Brasil, lá ia uma vida. Foi engraçado chegar lá e ver que uma música que já tinha estado no topo das paradas por lá e estava caindo nas colocações (Always – Bon Jovi), estaria apenas começando o seu sucesso no ano seguinte no Brasil, quando voltei. E isso ocorria por causa das inúmeras diferenças que listei neste post. Imagine que, se não havia muitos canais no Brasil (parece que já tinha MTV em São Paulo), uma música famosa fora só chegaria aqui após muito tempo, com raras exceções de cantores como Michael Jackson e Madonna.
E o discman imperava. Falando em CDs, como eram bem mais caros no Brasil, aproveitei nos EUA para fazer um verdadeiro “mercado” de CDs. Lembro que voltei com mais de 30, você pode ter uma ideia como aquilo fazia peso nas minhas malas!
Justamente devido à falta de tanta tecnologia, eu e meus colegas de intercâmbio fomos perdendo o contato ao longo dos anos, mas graças a emails, Skype e Facebook, pudemos nos reencontrar à distância. Não satisfeito, em nossas viagens já pude encontrar pessoalmente alguns deles, como Marion (francesa, mas que mora em Estocolmo, Suécia, que nos hospedou em sua casa em 2008), Peter (amigo húngaro que nos recepcionou em 2013 em Budapeste), Norbert (austríaco e que nos levou em grandes passeios por Viena), Peggy (belga que nos mostrou Bruxelas e Bruges em nossa visita) e Nat (tailandesa que nos encontrou para um jantar maravilhoso em Bangkok em abril/2017).
Antes e depois:
Agora fotos na época do intercâmbio e reencontros após duas décadas ou mais!
Em 2018 (setembro/outubro) eu voltei ao Arizona com minha esposa e filho. Ficamos hospedados na casa da minha família americana e revi pessoas que fizeram parte dessa época tão marcante da minha vida.
Pois é, amigo, o intercâmbio era bem diferente em meados da década de 90. E agora você pode estar se perguntando: hoje não é mais legal?
Realmente, não sei responder. Há o ônus e o bônus. Se por um lado seria bom ter toda a conectividade atual para se manter mais próximo de sua família e amigos no Brasil, por outro lado aquela distância nos obrigava a aprender o inglês mais rápido e a nos adaptar mais facilmente. Se com câmeras analógicas a gente não tinha controle de como as fotos ficavam, além de ter que bater bem menos fotos que hoje em dia, também preciso dizer que a curiosidade de ir buscar as fotos reveladas era enorme, o que tornava a coisa ainda mais legal.
Por fim, se com a internet hoje já temos mais segurança sobre para onde vamos, quem vai nos receber, etc, acho que a ida para um mundo completamente desconhecido tinha o seu charme e uma grande dose de frio na barriga, que hoje já não se tem mais. Era uma verdadeira imersão em outra cultura.
Assim, caso você ainda vá ser um estudante de intercâmbio, aproveite ao máximo este momento, pois não volta. Com ou sem tecnologia, é sempre uma época especial que vai ficar marcada pelo resto de sua vida.
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Adorei!! Sua narrativa é divertida e irreverente e sem dúvida você é uma pessoa que sabe fazer amigos e mantê-los pelo mundo afora. Isso é uma característica de pessoas boas e do bem como você.
Grande abraço. SUCESSO!! O mundo é seu.
Obrigado, querida!
Agradeço demais suas palavras!
Acho que o mundo fica mais legal quando há pessoas encarando a vida de forma mais leve, né?
Abração!
Olá Fabrício! Amei seu texto! Não tinha internet, mas tinha uma ótima conexão com as pessoas. Tinha todo charme de uma experiência que a turma de agora nunca saberá como foi viver tudo isso. Mas, gracas a internet, hj pude ver como foi tudo isso que vc viveu! Sou uma seguidora de vcs.
Obrigado, Neusinha!
Desculpe pela demora em respondê-la!
Pois é, era uma verdadeira imersão cultural. Acabamos de retornar de lá semana passada, reencontrei minha família do intercâmbio e tive o prazer de passar por lugares que marcaram aquele ano. No entanto, desta vez, com toda a tecnologia à disposição.
Grande abraço e obrigado mais uma vez pelo feedback!
Que post bonito, desses escritos com a alma e o coração 🙂
Adorei, deu pra viver e sentir toda a emoção daqui!
Abs
Obrigado, Wendell!
Fico feliz que o post tenha passado esse sentimento!
Grande abraço
O post é sensacional! Uma delícia de se ler.
Mas os comentários do Fabrício nas fotos são o ponto alto!!! Hahahahaha
ADOREI!!!
Valeu!!
HAHAHAH!
A vida era outra….
Que delicia ler tudo isso!!!
Que bom que gostou!
Obrigado! 🙂
Que incrível! Esses dias mesmo eu tava comentando com um amigo sobre esse assunto, queria saber como era antigamente! Obrigada, esclareceu bastante!
Olha só, então espero ter matado a dúvida, rs!
Obrigado e um grande abraço!
Oi Fabricio. Olha, também fui pros EUA pelo AFS em 94. Fui pra Ann Arbor, Michigan. Vou dar uma olhada nas fotos do Rio, no dia do embarque e do voo pra ver se tu aparece nelas, hehehe. Muito bom lembrar de como foi tudo. As cartas e notícias que demoravam a chegar! Também ligava pra casa só uma vez por mês e rapidinho pra não gastar muito. E na volta, a passagem de São Paulo pra casa (Porto Alegre) comprada por agência e que teve que ser retirada no aeroporto? Abraço e parabéns pelo post.
Obrigado, Luciano!
Lembrar desses momentos é algo especial demais!
Eu embarquei no Rio também, salvo engano no dia 7-8-94.
Como eu mesmo falei no post, tirar fotos era algo que fazíamos comedidamente, pois era caro pagar por filmes e revelação, hahaha… por isso, quase não tenho fotos no aeroporto!
Era tudo mais difícil, mas justamente por isso, hoje me faz parecer que foi mais especial!
Grande abraço e obrigado pelas palavras!
Achando fotos do embarque, avisa aí!
Pois é, Lori, tempo que não volta!
Ainda lembro de vc e seus textos narrando a experiência do intercâmbio por email! Mas não me passava pela cabeça que já faz 13 anos! Caramba!
Bjão
Legal demais, Fabrício! Fiz intercâmbio há 13 anos, e mesmo já tendo acesso a algumas tecnologias que não existiam na época do seu intercâmbio, me identifiquei com muitas coisas! Eu também não tinha câmera digital, apesar de já existir na época. Era uma coisa muito cara! Também gastei uma fortuna comprando rolos de filme e revelando fotos. Mas como era BOM ir buscar as fotos reveladas sem saber como exatamente elas estavam! Eu também enviava e recebia muitas e muitas cartas, mesmo já tendo internet em casa e batendo papo pelo ICQ. E eu não podia também telefonar para o Brasil com frequência, então eu fui obrigada a falar inglês em tempo integral, o que me ajudou demais a ficar fluente. Acho que fazer intercâmbio é uma experiência incrível, independente das tecnologias da época (ou da ausência delas). Que saudade do meu intercâmbio! Adorei saber de sua experiência!
Um beijão!
Imagino que tenha ouvido mesmo, Victor!
Espero que ajude a inspirar muitas viagens sim!
Agora quanto à parte da enciclopédia, que nada! Não somos nem um livro de bolso, kkkk!
Abração
Estamos ficando velhos, Luiza!
Agora acho que o intercâmbio era bem melhor naquela época, com todo aquele atraso tecnológico!
Meu velho, ouvi algumas de suas histórias pessoalmente e posso imaginar o quanto deve ter sido enriquecedor! A tecnologia de hoke permite que muitas pessoas possam tomar conhecimento e buscar inspiração para viagens! Grato pelos conhecimentos que tenho adquirido! Vocês são a enciclopédia de hoje! Abracao pra você e Gabi!
Ahhh!! Que legal! Adorei!! Lembro muito bem dessa época sem.internet, tv a cabo, inflação absurda, fotos pra revelar, cartas para os amigos, barsa, atlas! Heheheheh