O que ver em Bagan: a cidade de mais de 2 mil templos

O que ver em Bagan: a cidade de mais de 2 mil templos

Maior atração turística de Myanmar e um dos sítios arqueológicos mais ricos de todo o continente asiático, Bagan é uma cidade basicamente rural com quase nenhum toque de urbanização.

Para chegar ao local, os turistas partem de cidades maiores, como Yangon (1:20 minutos de avião) e Mandalay (20 minutos de avião), geralmente de ônibus ou avião, sendo a segunda opção a nossa escolhida, pois queríamos ganhar o máximo de tempo possível durante a nossa estadia no país. Após passear por Yangon, seguimos para Bagan, que era a grande responsável pela nossa ida a Myanmar.

Bagan é popularmente conhecida como a cidade de mais de 2 mil templos, sendo que esse grande número de construções religiosas ainda preservados e abertos à visitação datam dos séculos XI a XIII. Tá achando o número grande? No local já chegou a existir mais de 13 mil templos!

Mesmo assim ainda há tantos e tantos templos e pagodas que é impossível visitar todas elas.

Temples Bagan Myanmar

Templos para todos os lados

O turista que chega a Bagan deve pagar 15 dólares ou 15 euros (valor da época da nossa viagem) para ingressar na cidade, pois o local é uma imensa zona arqueológica. Esse ingresso tem validade de 5 dias e o turista deve estar com ele sempre em mãos, já que há inspeção na entrada de alguns templos.

Entrada templos Bagan

Ande sempre com o ingresso em mãos!

A maneira mais comum de andar por Bagan é alugando moto ou bicicleta e se deixar perder pelos templos. Pagamos 2 dólares, cada, pelo aluguel de um dia de bicicleta comum, só que a pequena desvantagem no aluguel de bicicleta é que muitas ruas são de terra, o que dificulta um pouco continuar pedalando, fora que as bikes que nos alugaram era daquelas bem simples e o pneu da minha não demorou muito para furar. Por isso, resolvemos alugar uma moto elétrica (estilo bizz) no final da tarde pagando 6 dólares, só que aí veio o segundo problema: Fabrício nunca tinha pilotado uma. Após a dificuldade em manter a velocidade linear e algumas derrapadas na areia, percebi que, no nosso caso, as bicicletas ainda são a melhor opção! Há ainda bicicletas elétricas, mas preferimos a convencional mesmo.

Por ser um local religioso, espera-se que o turista esteja vestido adequadamente, ou seja, sem roupas decotadas e curtas demais (principalmente as mulheres). Pela imensa quantidade de construções, não há pessoas fiscalizando a maioria delas, mas nas mais visitadas há fiscais que cobram não só que seja apresentado o ingresso como também que as pessoas entrem de ombros cobertos e descalças. Para facilitar, recomendo que use sandálias de borracha, estilo havaianas, pois são fáceis de tirar, de calçar e de limpar.

Havendo fiscalização ou não, resolvemos andar vestidos com roupas que não desrespeitassem a religião local e entramos em todos os templos descalços. Mas como os templos/pagodas são em locais com muita poeira e consequentemente o chão não é nada limpo, levamos na mochila um pacote de lenços umedecidos para limpar os pés quando a situação estivesse muito feia!

Como há milhares de templos, fizemos o nosso roteiro visitando os que estavam no meio do caminho e chamaram a nossa atenção e incluímos também os mais turísticos. Vou apresentar aqui bem resumidamente para que pelo menos você saiba distingui-los pelas fotos.

O Thatbyinnyu Phaya Temple foi construído pelo Rei Alaungsith em meados do século XII, e é o templo mais alto de zona arqueológica, medindo aproximadamente 66 metros de altura. Ele chama mais atenção por causa de sua cor mais clara, que se destaca dentre tantos templos nos tons marrom avermelhados e pelas suas torres douradas, que brilham na paisagem bucólica de Bagan.

Thatbyinnyu Temple

Thatbyinnyu Temple

Na foto dá para ver como o Thatbyinnyu se destaca dos outros templos menores tanto no tamanho quanto pela sua cor.

Já o Htilominlo Temple foi construído em 1211 durante o reinado do rei Htilominlo, que também era conhecido como Nandaungmya. Com uma altura de 46 metros, ele foi construído com tijolos vermelhos, o que não difere muito dos outros pela cor, mas chama a atenção pelos seus detalhes.

O Htilominio Temple visto de cima de outro templo

O Htilominio Temple visto de cima de outro templo

Assim como o Htilominio, o Sulamani Guphaya Temple também  foi construído com tijolos vermelhos, sendo mais antigo que o anterior (construído em 1183).

Esse é um dos mais visitados de Bagan e foi também um dos que achamos mais interessantes por causa das imagens das estátuas dos Budas em cada entrada, além de várias pinturas em seu interior.

Um local com vestimenta típica (Longyi) na entrada da Sulamani Guphaya

Um local com vestimenta típica (Longyi) na entrada da Sulamani Guphaya

A imagem do Buda deitado desenhada na parede do templo

A imagem do Buda deitado desenhada na parede do templo

Por ser um lugar muito visitado, acaba tendo uma certa estrutura com barracas vendendo bebidas e lembranças na entrada principal.

Um dos primeiros grandes templos de Bagan, é o Ananda Temple, construído em 1090, durante o reinado do rei Kyanzittha e é um dos quatro maiores do sítio arqueológico.

A mistura de cores do Templo de Ananda

A mistura de cores do Templo de Ananda

Ele é o que mais se destaca por causa de sua composição de cores branca na base e vermelho e dourado nas torres superiores.

Situada nas margens do rio Ayeyarwaddy, a Buphaya Paya é uma das pagodas mais antigas de cidade, construída entre os séculos II e XI. É também a que tem um estilo arquitetônico mais distinto, muito diferente das outras pagodas em formato de pirâmide.

Bupaya Pagoda

Bupaya Pagoda

Ayeyarwaddy River

Outro diferencial do local é o clima agradável de beira de rio que contrasta com o calor seco do resto da cidade. De todos os templos que visitamos em Bagan, esse foi onde vimos mais birmaneses que turistas.

Escolhemos o Gawdaw Palin Temple para fazer parte do cenário do pôr do sol e concluímos que tão lindo quanto ver o sol se pondo é ver as luzes dos templos acendendo. Como não são todas as pagodas que têm iluminação, esse templo acaba se destacando quando a noite chega. É lindo demais!

O Gawdaw Palin Temple no final da tarde

O Gawdaw Palin Temple no final da tarde

Além de todos esses templos e mais uma dúzia de pagodas desconhecidas, visitamos também o Museu Arqueológico de Bagan e o Palácio Real de Bagan, ambos custam 5000 kyats (não aceitam dólares). Vale muito a pena visitar o museu arqueológico, que tem um acervo interessante de esculturas antigas e ainda há uma ala dedicada ao alfabeto da língua local. Já quanto ao Palácio Real, não achamos que seja uma atração imperdível. O lugar é amplo e bonito, mas não tem nenhum atrativo que achássemos que valeu a pena pagar para entrar.

O Museu Arqueológico está aberto de terça a domingo das 09:30 às 16:30 e não pode fotografar no  seu interior. O local dispõe de armários gratuitos para guardar os pertences.

Por causa do enorme área da zona arqueológica e de tantas construções, não espere nenhuma grande estrutura turística. O país ainda é governado por uma ditadura militar que há menos de 20 anos permite que os turistas visitem o país. Passamos pelas maiores cidades de Myanmar e não encontramos, por exemplo, nenhuma rede de fast-food internacional, algo que existe na maioria dos países do mundo, até mesmo na Arábia Saudita, que não recebe nenhum turista (a não ser homem muçulmano que queira ir a Meca).

Para se ter uma ideia, a Unesco esforçou-se sem sucesso para incluir Bagan na lista dos Patrimônios da Humanidade e assim tentar manter os templos, que já muito sofreram desgastes por causa do tempo e outros foram parcialmente destruídos por terremotos.

De qualquer forma indico que, se puder, visite Myanmar o quanto antes, já que os birmaneses ainda são muito diferentes de todos outros povos que conheci, seja na maneira de se vestir ou de se comportar. O fato é: quase não há nenhuma informação em inglês nos locais turísticos. E mais: pouco foram os restaurantes onde encontramos cardápios em inglês.

Com a abertura do país, talvez esse modo de viver acabe mudando e nós, turistas/viajantes, podemos algum dia não sentir tanta diferença de Myanmar para outros países do sudeste asiático.

Ficamos hospedados no Bagan Umbra Hotel, localizado na parte mais turística da cidade (Old Bagan) e de fácil acesso para as pagodas. Foi um ótimo custo benefício!

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Ama animais, viagens e gastronomia, sempre tentando conciliar suas três paixões. Andou por mais de 60 países e está sempre programando a próxima viagem. O destino? Depende das promoções de passagens aéreas!

19 Comentários

  1. OI Gabriela, Estamos finalizando os preparativos para a nossa viagem ä Asia. Thailandia, Myanmar, Vietnan e Cambodja. Faremos Bangkok , Chiang Mai, Yangon, Bagan, Hanoi, Hue, Ho Chi Min e Siem Reap. Finalizaremos a viagem com 4 dias na praia em KOH Samui. Isso agora em março de 2018.
    Apesar do tempo decorrido da sua viagem, äquele continente, aproveitamos varias dicas e informacões do seu relato no Post “Projeto 101 países” sobre a sua viagem.
    Se vc dispor de algumas informações mais atualizadas/atuais, apreciariamos muito recebê-las. Imenso prazer em comunicar com Vc. Gil & Sandra

    • Olá! Tudo bem?
      Agradeço imensamente pela mensagem!
      Infelizmente não tenho muitos valores atualizados e ficaria muito feliz se os leitores depois pudessem voltar contando um pouco sobre suas experiências.
      Os únicos locais que estivemos “recentemente” foram Bangkok e Koh Tao. Ficarei feliz se puder ajudar em algo 😉
      Caso precise de seguro viagem ou dicas de hotéis, podem entrar em contato com a gente.
      Abraços

  2. Olá! Gabi, vou sozinha pra Bagan apenas para fazer o vôo de balão e estou um pouco receosa por estar sozinha e não ter muita comunicação em inglês. Você conseguiu algum guia? como foi a visita nos templos e conseguir informações durante o caminho?

    Obrigada!

  3. Adorei teu post, e essa diversidade de coisas que a gente consegue passar em um blog é maravilhosa, esse vídeo tá lindo demais, e já sei se um dia for à Bagan já sei que eu e meu esposo vamos optar por bicicleta, parabéns!

  4. Gabi,
    Eu tô fazendo um planejamento sempre chegando em 1 dia, o mais cedo possível (ainda não vi as passagens internas) e passando o dia seguinte inteiro e mudando de cidade no outro dia o mais cedo possível também.
    Pretendo fazer isso em Yangon, Bagan, Inle Lake e Mandalay, você acha pouco tempo?!
    Em Bagan, cogitei ficar 2 dias inteiros porque queremos fazer o passeio de balão, mas acho que dá pra fazer o passeio de balão e curtir o resto do dia conhecendo templos sem precisar de mais um dia, né?

    O que você sugeriria?

    beijos!

    • Oi, Tati! Nós passamos um dia em Yangon, 2 em Bagan e 2 em Mandalay e conseguimos fazer os passeios básicos (queria ter ficado só mais um dia em Yangon).
      Pela sua programação, se conseguir ficar 2 dias em cada lugar fica legal, inclusive em Bagan. Você só tem que ver direitinho as viagens internas e, caso faça de ônibus, é melhor durante a noite para não perder muito tempo nos deslocamentos. Como nossa viagem foi corrida, acabamos pagando mais caro para viajar de avião dentro do país.
      Se precisar de mais infos é só avisar!
      O post de Mandalay vai sair em breve 😉

    • Olá, Betina! Tudo bem?
      Bagan é apaixonante!! Tenho certeza que você vai adorar 😉
      Passei agora para conhecer o Carpe Mundi e o blog está lindíssimo! Parabéns!
      Sucesso para vocês!
      Beijos

  5. Parabens, estou amando viajar em suas fotos, so cabe aqui um pedido, e com certeza muita gente que adora o que VCs postam, esta achando falta. Coloque no inicio o nome do Pais,o mapa localizado no mundo. E alguns detalhes do Pais. Obrigado por tantas fotos lindas. aqui vai um abraço o desejo de muita coisa boa a todos, e aquela gotinha de inveja, saudavel.BJS…