Como é viajar pela TAAG para a África do Sul

Como é viajar pela TAAG para a África do Sul

A TAAG Linhas Aéreas de Angola tem sido uma alternativa econômica para quem deseja voar para o continente africano. Como será viajar pela TAAG para a África do Sul?

Há anos que estávamos pesquisando passagens para a África do Sul, mas sempre aguardamos alguma promoção de passagens áreas. Até que em um dia recebemos uma notificação de uma super promoção de passagens para o país pela TAAG, a companhia aérea nacional da Angola.

Como os valores estavam muito bons, decidimos aproveitar aquela promoção e finalmente realizar aquele sonho antigo.

Como é viajar pela TAAG para a África do Sul

A TAAG, chamada de Transportes Aéreas Angolanos, é a principal companhia aérea da Angola e voa para mais de 35 destinos na África, Europa, Ásia e Américas.

É muito comum ver promoções de passagens aéreas do Brasil para o continente africano pela companhia. Mas como será que é viajar pela TAAG?

Essa era a pergunta que nos fazíamos antes do voo e agora voltamos aqui para contar para a nossa experiência em voar pela empresa.

ATENÇÃO: para embarcar em voos para Angola e África do Sul é necessário ter em mãos o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP).

O nosso problema com o CIVP

O nosso filho pequeno tomou a vacina contra febre amarela (após os 9 meses de vida) e fomos pegar o certificado internacional no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, de onde partiríamos para a África do Sul.

A pessoa que digitou os dados do certificado dele cometeu um erro que passou imperceptível por mim: a data da vacina era 24 de janeiro e ela digitou 24 de abril.

Quando fizemos o check-in no balcão da TAAG no Galeão, a atendente verificou se estávamos com os nossos cartões de vacinação contra febre amarela antes de imprimir os nossos cartões de embarque.

Balcões de check-in da TAAG no aeroporto do Galeão

Quando desembarcamos na África do Sul, a agente da imigração nos pediu o certificado e verificou todas as informações contidas neles e informou que o certificado dele estava com erro.

A nossa viagem para a África do Sul foi realizada no mês de março e não teria como ele ter como data da vacina com um mês futuro, no caso, abril.

A sorte foi que tínhamos a foto do cartão de vacinação dele com a data correta em que ele tomou a vacina. Demoramos mais tempo na imigração e só nos liberaram quando uma outra pessoa autorizou.

++ Clique aqui para ler mais sobre o certificado internacional de vacinação contra febre amarela ++

1- Passagens: valores e bagagens

As nossas passagens promocionais saíram por pouco mais de R$1700 para cada passageiro e ainda pagamos R$130 pela passagem do bebê de colo.

As passagens englobavam os seguinte trechos:

  • Porto Alegre – Galeão
  • Galeão – Guarulhos
  • Guarulhos – Luanda
  • Luanda – Joanesburgo
  • Joanesburgo – Luanda
  • Luanda – Guarulhos

Compramos as passagens partindo de Porto Alegre, sendo Joanesburgo, na África do Sul, o destino final. O voo interno entre Porto Alegre e Galeão foi operado pela Gol e os demais, pela TAAG.

Na nossa franquia era permitido cada passageiro levar uma mala de mão na cabine de até 10kg nas dimensões máximas de: 55cm de altura x 35cm de largura x 25cm de profundidade. 

Era permitido cada passageiro despachar uma mala de até 23kg.

2- Check-in e dor de cabeça na Polícia Federal

Em Porto Alegre, fizemos o check-in na Gol e despachamos apenas o bebê conforto, que deveria ser retirado no Galeão e despachado novamente no balcão da TAAG.

A atendente da Gol demorou bastante no nosso atendimento, dizendo que tentaria imprimir as passagens da TAAG, mas achamos muito estranho, pois são empresas diferentes.

No final, disse que teríamos que fazer o check-in novamente no Rio de Janeiro, o que já era esperado por nós.

Enquanto estávamos na sala de embarque do aeroporto de Porto Alegre, eu fiquei sentada aguardando a chamada do voo enquanto meu esposo e o nosso filho foram passear. Fomos abordados por dois agentes da Polícia Federal:

Agente: Bom dia, sou agente da Polícia Federal, para onde a Sra está viajando?

Gabriela: Para a África do Sul.

Agente: Está indo sozinha?

Gabriela: Não, estou viajando com meu esposo e meu filho.

Nesse momento, eles chegam acompanhados de outro agente da PF.

Agente: O que vocês estão indo fazer na África do Sul? 

Gabriela: Turismo

Agente: Essa criança é o que de vocês?

Fabrício: É o nosso filho.

Agente: E ele está indo viajar para a África do Sul? Ele é muito pequeno.

Fabrício: E qual o problema? 

Enquanto isso, o outro agente da PF verificou os nossos passaportes e devolveu dizendo que os documentos estavam ok.

Agente: Vocês trabalham com o que? Onde vocês moram?

Respondemos todas as perguntas e aproveitamos para dizer que sempre estamos viajando e temos esse blog de viagem. Naquele momento, o agente me perguntou se encontraria o Projeto 101 Países se fizesse uma pesquisa no Google. Respondemos que claro que encontraria.

Depois de muitos olhares desconfiados e repetição de perguntas, finalmente nos liberaram. Foi uma situação bem desconfortável pra gente.

Por mais que estivéssemos chateados com a abordagem, entendemos que esse é o trabalho da polícia, mas o agente poderia ao menos ter sido um pouco educado e nos desejado uma boa viagem ou um bom dia.

Quando chegamos ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, fomos finalmente fazer o check-in no balcão da TAAG, onde recebemos um ótimo atendimento.

Cartões de embarque emitidos, bebê conforto despachado e ficamos aguardando um casal de amigos chegarem para fazerem o check-in também.

Enquanto os nossos amigos faziam o check-in na TAAG, eu estava caminhando com o nosso bebê e Fabrício ficou no balcão junto com eles. Nesse momento, houve mais uma abordagem de agentes da Polícia Federal:

Agente: Você também vai viajar?

Fabrício: Sim, mas já fiz o check-in. Estou apenas aguardando meus amigos.

Agente: Posso ver seu passaporte? (entreguei de toda a família)

Agente: Você não vai viajar sozinho? Por que todos esses passaportes?

Fabrício: É de minha esposa e meu filho.

Agente: Onde estão eles?

Gabi e Thomas se aproximam.

Fabrício: Pessoal, por que essa abordagem comigo de novo?

Agente: Ninguém abordou vocês, com certeza.

Fabrício: Fomos abordados em Porto Alegre, pela PF, na sala de embarque. O que tem de errado com a gente para tanta desconfiança?

Agente: Ah, então você é o nômade viajante! (devem ter havido sinalização entre os agentes da PF das duas cidades sobre a abordagem). Não se preocupe, é uma abordagem de rotina, nada direcionado a você.

Após isso, houve um rápido bate papo sobre o destino, coisas turísticas mesmo, e partimos rumo ao embarque.

3- Experiências nos voos

Na ida, embarcamos no Galeão no Boeing 777-300, com configuração 3x3x3 (3 assentos em cada lado da aeronave e 3 assentos no meio).

Como havíamos pedido o berço no check-in, nos colocaram nos assentos que ficam no meio da aeronave, pois dessa forma poderíamos colocar o nosso bebê no berço quando ele dormisse.

O berço em avião não pode ser utilizado em pousos, decolagens ou quando tem turbulência. A criança deve caber dentro da medida do berço e pesar até 10kg, só podendo ficar dentro dele se estiver dormindo.

Esse voo fez uma escala em São Paulo, mas não descemos da aeronave.

Após aproximadamente 1 hora, embarcamos em um voo de 8 horas em direção a Luanda, capital da Angola.

O voo de Luanda até Joanesburgo foi operado em uma aeronave nas mesmas configurações. A viagem teve uma duração de 3 horas e 30 minutos.

Já o voo de volta, de Luanda até Joanesburgo, foi operado por um Boeing 777-300 com a configuração 2x4x2 e o voo de Luanda para Guarulhos foi em um Boeing 777-200, com a configuração 3x3x3.

De todos os voos, só conseguimos o berço no trecho São Paulo – Luanda.

Atendimento dos comissários

No geral, fomos bem atendidos durante os nossos voos.

Um pouco mais de um mês antes dessa viagem, havíamos tido uma experiência ruim voando pela Emirates – LEIA AQUI – e não estávamos esperando que no voo da TAAG fôssemos ter um atendimento bom.

Acabamos sendo surpreendidos com a atenção que os comissários tiveram em relação ao nosso filho, na época com 11 meses.

Sem que tivéssemos solicitado, a comissária que nos atendeu ofereceu uma bandeja com 4 papinhas da Nestle e dois potes com leite em pó para o bebê antes mesmo de servir as refeições dos demais passageiros.

Comida de bebê na TAAG

De todos os voos internacionais que fizemos com bebê de colo, essa foi a primeira vez em que ofereceram algo para o bebê, sem pedido prévio, e que deram preferência em servir ele antes dos demais passageiros.

Se as outras companhias aéreas tivessem a mesma conduta que a TAAG em relação aos passageiros com crianças de colo (em servir primeiro os bebês), a experiência de voo dos pais seriam menos estressantes, pois é muito complicado conseguir se alimentar e alimentar a criança ao mesmo tempo por não ter espaço para duas bandejas.

No caso do nosso voo, quando fomos fazer a refeição, o nosso bebê já estava bem alimentado e assim pudemos comer com um pouco de sossego.

Justamente no momento em que já não esperávamos atendimento bom das companhias aéreas, a TAAG nos surpreende. Ponto positivo para eles!

Entretenimento de bordo

A aeronave que saiu do Brasil para Angola estava caindo aos pedaços. Poltronas velhas e controles quebrados e remendos.

Foram oferecidos travesseiros e mantas, além de um cinto de segurança para colocarmos no bebê de colo nas decolagens e aterrisagens.

O entretenimento de bordo era praticamente inexistente, muitos controles estavam quebrados e todas as telas estavam desligadas. Para passar o tempo, apenas a revista de bordo localizadas nos bolsões dos assentos.

Acho que a empresa pecou muito nesse quesito, ainda mais se considerarmos um voo longo como esse sem nenhum tipo de entretenimento.

Nos demais voos que fizemos pela empresa durante essa viagem, as telas de entretenimento de bordo estavam funcionando, mas não cheguei a verificar a variedade de filmes e jogos. De qualquer forma, havia opções para os passageiros se distraírem durante as 8 horas de voo entre Luanda e Guarulhos.

Refeições

Todos os nossos voos entre Brasil e Luanda foram noturnos e foram servidas refeições quentes, acompanhadas de salada, pão, manteiga, queijo, bolacha, sobremesa e bebidas (água, sucos, refrigerantes e vinho). Havia sempre duas opções de refeições, com carne ou com peixe.

Poucas horas antes de chegarmos ao destino, serviram também o café da manhã, com ovos mexidos, croissant e bebidas (sucos, café, leite e chá).

Achei o sabor da comida ok, no mesmo padrão das outras companhias aéreas internacionais que já voamos. Não era gostosa, mas dava para comer.

Refeição da TAAG

Para aqueles passageiros que têm restrição alimentar, é importante entrar em contato prévio com a companhia aérea e solicitar alimentação especial (sem glúten, sem lactose, vegetariana, sem açúcar, etc..).

Conexões em Luanda

No voo do Brasil para a África do Sul, a nossa conexão em Luanda foi de 2 horas e 45 minutos. Após o pouso, nos dirigimos para a área de desembarque, passamos por uma verificação no raio x e ficamos aguardando um tempo até liberarem a nossa passagem para o portão de embarque do voo para Joanesburgo.

O aeroporto é pequeno, não é muito bem cuidado e o ar condicionado não funciona bem.

Já a conexão em Luanda no voo da volta para o Brasil foi sofrida. Naquele dia, fazia muito calor e a espera no aeroporto seria de 4 horas. Além do ar condicionado não funcionar, não havia nenhum bebedouro onde pudéssemos tomar água.

Havia duas lanchonetes e um bar aberto e nenhum desses locais aceitava cartão de crédito ou débito, apenas a moeda da Angola (kwanza angolano), euro ou dólar.

Para piorar a situação, as coisas eram absurdamente caras (garrafa de água mineral por 5 dólares) e nenhum dos lugares tinha troco. A menor nota que tínhamos era de 50 dólares e não conseguimos comprar água. E não era só a gente, mas todos os outros passageiros que estavam com a gente para embarcar para o Brasil.

O calor era tão insuportável que chegou um momento em que o meu filho estava completamente suado. Não pensei duas vezes e deixei ele apenas de fralda.

Como é necessário ter visto para entrar na Angola, não tínhamos nem a opção de sair daquela sauna que era a sala de embarque.

Na hora em que embarcamos no voo de volta para o Brasil, a primeira coisa que um dos passageiros fez foi pegar uma garrafa grande de água dentro do avião e saiu distribuindo nos copos para a galera que estava com a gente. Foi um alívio!

O que achamos da TAAG?

Pesquisando passagens para a África do Sul, verificamos que o valor das passagens aéreas oferecidas pela TAAG são muito mais atrativos que das outras companhias.

Tivemos a oportunidade de voar em 4 aeronaves diferentes e apenas uma delas estava em condições bem ruins internamente.

No geral, o atendimento dos comissários foi bom, melhor até do que esperávamos.

Se no futuro encontrarmos passagens aéreas promocionais para o continente africano e os valores mais baixos forem da TAAG, voaremos novamente pela companhia, mas sabendo que temos que nos preparar para a conexão em Luanda, pois a conexão na Angola é sofrida.

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Ama animais, viagens e gastronomia, sempre tentando conciliar suas três paixões. Andou por mais de 60 países e está sempre programando a próxima viagem. O destino? Depende das promoções de passagens aéreas!

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