Turismo em Esfahan: o que ver na cidade mais bonita do Irã

Turismo em Esfahan: o que ver na cidade mais bonita do Irã

Famosa pela sua arquitetura persa-islâmica, pelos lindos bulevares, jardins, pontes e praças, Esfahan, ou Isfahan, é  considerada por muitos  a cidade mais bonita do Irã!

Basta apenas alguns poucos minutos andando pelo centro para perceber que a beleza de Esfahan é diferente das outras cidades do Irã. Ver o excelente estado de conservação da área pública aliado à imponência das construções é hipnotizante, é surreal, é indescritível.

O mais interessante de Esfahan é que a sua beleza está nos lugares comuns, como uma ponte, praça ou qualquer outro lugar por onde as pessoas passam no dia a dia.

Além de todo esse encanto que causa nas pessoas, a cidade, que já foi considerada uma das maiores do mundo, guarda uma história antiga, que floresceu entre 1050 a 1722, principalmente durante a dinastia Safavid, que formou o maior império iraniano desde que a Pérsia foi conquistada pelo islã – e Esfahan foi capital da Pérsia duas vezes.

Há um provérbio persa Esfahān nesf-e- jahān ast”, que significa: Esfahan é a metade do mundo. A verdade é que Esfahan nos remete ao romantismo do Oriente Médio, da arquitetura islâmica com mosaicos coloridos e tapetes persas por todos os lados. 

Turismo em Esfahan: o que ver na cidade

Esfahan é a nossa cidade queridinha no Irã, a que mais gostamos, a que achamos mais bela e que recomendamos, com toda a certeza, que seja incluída no roteiro de qualquer viajante que vá ao país.

No mapa abaixo, é possível entender em quais áreas estão concentradas as principais atrações dessa cidade, que está entre no topo dos destinos turísticos do Irã.

Embora poucos locais estejam marcados no mapa, não se engane, pois a riqueza de detalhes dos palácios, igreja e mesquitas de Esfahan tomam um bom tempo dos turistas mais atentos.

Abaixo, os pontos mais famosos foram listados aleatoriamente e não estão localizados necessariamente um perto do outro.

#Si-o-se-Pol Bridge

Conhecida como a “ponte dos 33 arcos”, essa construção de pedras e tijolos foi erguida entre 1599 e 1602 sobre o rio Zayandeh, sendo uma das onze pontes de Esfahan.

A Si-o-se-Pol chama atenção por alguns detalhes.

O primeiro deles é a sua arquitetura, que desenha caminhos dentre os arcos em cada lado da ponte, formando uma imagem digna de filme ambientado no Oriente Médio.

Si-o-se-pal bridge

 

Outro detalhe é a sua iluminação, que dá uma perspectiva totalmente diferente da construção durante a noite e que a deixa muito mais charmosa. Sem dúvida que é um local para se ir nos dois turnos.

Si-o-se-pol bridge de noite

O terceiro deles é o cenário ao redor da ponte, que varia muito de acordo com a estação do ano. Vimos muitas fotos da construção antes da viagem e imaginávamos chegar lá e ver a ponte sobre o rio e os seus reflexos na água. Só que quando chegamos lá (no mês de outubro), o rio estava completamente seco e aquelas tão sonhadas fotos românticas que havíamos visto ficaram para uma próxima ida. A vantagem foi que pudemos andar por debaixo dela 😉

Si-o-se-pal bridge na seca

De qualquer forma, com água ou sem água no rio, a Si-o-se-Pol é um local que merece visita de dia e de noite!

#Jameh Mosque

Conhecida como a Grande Mesquita de Esfahan, a Jameh Mosque é uma das mesquitas mais antigas do país que ainda estão de pé – ela foi construída por volta do ano 771!

Segundo historiadores, antes de se tornar uma mesquita, o local serviu de palco para o culto do zoroastrismo, religião praticada na antiga Pérsia e que influenciou o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, através da criação de crenças sobre o paraíso, a ressurreição, o juízo final e da vinda de um prometido de Deus.

Grand Mosque of Esfahan

O que nos encantou nesse Patrimônio Mundial, além da sua grandiosidade, foi a riqueza de detalhes por dentro e por fora da construção. A decoração é tão encantadora, principalmente para aqueles que, assim como nós, não são acostumados com esse tipo de arquitetura, que somos capazes de passar um bom tempo com olhos fixados diante de tanta beleza.

Jameh Mosque Esfahan

#Vank Cathedral

Imagine a surpresa que é chegar em uma república islâmica, controlada por um aiatolá um tanto radical, e encontrar uma igreja cristã.

A Vank Cathedral, Catedral do Santo Salvador, foi criada em 1606 por armênios deportados durante a Guerra Otomana entre 1603 e 1618.

Vank Cathedral Esfahan

O seu interior é adornado de afrescos e esculturas douradas que retratam a vida de Jesus, bem como a representação da terra, do céu e do inferno. Essas pinturas vão além da fé e retratam também as torturas sofridas pelos armênios durante o Império Otomano.

A igreja é linda, super diferente, e ainda tem um pequeno museu em um prédio anexo que conta a história não só da Guerra Otomana, como também do Genocídio Armênio, ocorrido entre 1915 e 1923.

Vank Cathedral

O massacre aconteceu durante e após a Primeira Guerra Mundial, quando o governo otomano provocou o extermínio sistemático de 1,5 milhão de armênios, minoria que habitava terras otomanas, atual Turquia.

É uma história chocante e muito pouco estudada nas escolas brasileiras, o que causa espanto por ser o segundo maior genocídio discutido no mundo, após o Holocausto perpetrado pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

#Hasht Behesht Palace

Construído durante o governo Safavid, o palácio Hasht Behesht, que significa Palácio dos Oito Paraísos,  tem uma estrutura em forma de diamante em diferentes seções do pavilhão, com salas, pilares, o salão central e uma lagoa na frente. Quando foi construído, a sua arquitetura buscava passar uma imagem do paraíso.

O edifício foi construído em dois andares, contendo 20 quartos simétricos e foi utilizado no passado como local de descanso da família real da dinastia Safavid.

Hasht Behesht Palace

Achamos o palácio mais interessante por dentro que por fora, principalmente a arquitetura oval do teto com muitos e muitos detalhes.

#Chehel Soutoun Palace

O Chehel Soutoun, que em persa significa Quarenta Colunas, levou esse nome por causa das 20 colunas de madeira que suportavam o pavilhão de entrada e, quando refletidas nas águas da fonte, aparentavam ser 40 colunas.

O palácio está localizado no meio de um parque construído pelo Shah Abbas II (um dos reis da dinastia Safavid) como local de recepções, onde ele e sua família recebia pessoas importantes nos salões majestosos do edifício.

Chehel Soutoun Palace

O edifício, que contém afrescos e pinturas em cerâmica que retratam cenas históricas, está no meio de diversos jardins iranianos que estão dentre os locais registrados no Patrimônio Mundial do Irã sob o nome Jardim Persa 

#Naqsh-e Jahan Square

Pense em uma praça bonita que você já tenha visto uma foto ou tenha visitado. Talvez o seu conceito de praça bonita mude a partir de agora.

A Naqsh-e Jahan Square é, de longe, a praça mais incrível que conhecemos!

Construída entre 1598 e 1629, esse Patrimônio da UNESCO é considerado uma das maiores praças do mundo em uma área de 89.600 metros quadrados.

 Naqsh-e-Jahan Square

Rodeada de edifícios belíssimos como a Shah Mosque, o Ali Qapu PalaceSheikh Lotfollah Mosque, este último, porta de entrada do Grande Bazar.

Tudo nessa praça chama a atenção: a sua grandiosidade, os belos jardins, a beleza das construções ao seu redor, as fontes e a atmosfera agradável, principalmente nos finais de tarde.

Sheikh Lotfollah Mosque

Belíssima arquitetura da Sheikh Lotfollah Mosque

Shah Mosque

Entrada da Shah Mosque

Music Hall do Ali-Qapu Palace

Music Hall do Ali-Qapu Palace

Grand Bazaar Esfahan

O Grande Bazaar de Esfahan

É um local frequentados por iranianos de todas as idades, famílias, idosos, crianças e adolescentes, além dos turistas estrangeiros que ficam fascinados com a sua beleza singular.

Durante os 3 dias que passamos em Esfahan, em absolutamente todos, demos uma passadinha na praça. Sem dúvida que a Naqsh-e Jahan Square é um local imperdível e encantador!

A cidade mais bonita do Irã

Passamos um total de 10 dias no Irã conhecendo Teerã, Esfahan, Shiraz e Persépolis e saímos do país com nossos corações apertados por não termos conseguido visitar também uma cidade chamada Yazd (não deu tempo).

Cada local tem a sua singularidade, sua beleza, sua história e ficamos admirados não só com as lindas paisagens, como também com a hospitalidade e generosidade do povo iraniano.

Quando se viaja, e inevitável fazer comparações entre cidades de um mesmo país e, após conhecer Esfahan, percebemos que era impossível não querer compará-la com as demais.

A urbanização, arquitetura, organização e bom estado de conservação dos locais nos mostrou que é uma cidade diferente não só quando falamos de Irã, mas também de outras cidades do mundo. Há até aqueles que afirmam que Esfahan é a cidade mais bonita do mundo. Será?

Isfahan Irã

Uma coisa é fato, Esfahan está entre as cidade mais bonitas que conhecemos e ficará guardada para sempre nas nossas melhores lembranças de viagem.

Queremos muito voltar para conhecer, além de Yazd, Kashan, Abadan, Tabriz e Bam e, é claro, uma volta a Esfahan não ficará fora do roteiro!

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6 Comentários

  1. Bom dia, primeiro desculpe o trocadilho Graziela por Gabriela !
    Olha, o Irã cativa qualquer um com espirito de aventura ! Já visitei o Museu Britânico e o Louvre e a quantidade de esculturas e obras de Persépolis é muito grande , juntos estes museus nos dão uma sensação estranha de que tudo aquilo foi roubado ou adquirido de de maneira duvidosa, mas qual seria o destino destas obras sem os museus ? Iraque e Síria e seus radicais, são um exemplo …sem comentários !!!
    Mas voltando a sua viagem maravilhosa, as fotos e dicas Isfahan são contagiantes , seguramente mais pessoas passarão a ter o Irã em seu bucket list , eu certamente !

    • Olá, Luiz! Tudo bem?
      Concordo com você quanto às peças “roubadas” e expostas em museus mundo afora. Também fico sempre dividida entre o roubo de uma cultura e a preservação da história.
      Fico feliz em saber que gostou da postagem. O Irã é um destino sem igual!
      Abraços

    • Conhecer o Irã, é um dos meus sonhos, que quero realizar um dia, especialmente a cidade de Esfahan.