
Santo Domingo, capital da República Dominicana, é uma cidade historicamente interessante, com muitas construções coloniais e vários lugares pitorescos para conhecer. Para se ter uma ideia de sua importância histórica, a capital dominicana foi a primeira cidade fundada no continente americano!!
A moeda do país é o peso dominicano, apesar de muitos lugares aceitarem dólar americano. Mesmo assim, é recomendável que tenham pesos em mãos, pois tudo que é cobrado em dólar é superfaturado.
Na chegada ao aeroporto de Santo Domingo, antes de passar na imigração, todos os turistas brasileiros são obrigados a pagar uma taxa de U$10 para ingressar no país. Quem tiver notas exatas de 10 dólares pode utilizar as máquinas que ficam ao lado do guichê de pagamento da taxa. Como não tínhamos a nota de 10, tivemos que esperar o atendente abrir o guichê e depois conseguir dinheiro para dar o nosso troco. Só depois de fazer isso é que podemos seguir para os oficiais de imigração, que cobrarão não só o formulário de entrada no país preenchido (entregue no voo) como o comprovante do pagamento dessa taxa.
Saímos do Brasil em um voo direito para Santo Domingo e passamos 3 dias incompletos na cidade, entre idas e vindas – isso porque fomos também a Punta Cana e Porto Príncipe. É possível conhecer os principais pontos turísticos em 2 dias com mais pressa ou em 3 dias com mais calma. Por isso, vou separar o roteiro em duas partes, que funcionará muito bem se você ficar hospedado na Zona Colonial, que é o centro histórico da cidade, já que muitas atrações se concentram nesse local.
Índice
Roteiro de 2 dias em Santo Domingo
Dia 1: Centro Histórico de Santo Domingo
Essa parte da cidade é chamada de Zona Colonial, Patrimônio Mundial da Unesco, e de uma importância sem igual em relação às outras cidades das Américas, já que Santo Domingo foi fundada 4 anos após a chegada de Cristóvão Colombo ao continente americano.
Devido à grande quantidade de pontos turísticos nessa área, é necessário um dia inteiro para visitá-los. Além disso, vale muito a pena passear na Zona Colonial também durante a noite, já que o clima é bem diferente – mais animado – e a iluminação deixa os casarões antigos mais bonitos!
Começamos o passeio na Fortaleza de Ozama, a primeira fortaleza em estilo medieval das Américas, construída entre 1503 e 1507. Paga-se uma pequena taxa para visitar a atração, podendo ainda subir em suas torres e ter uma vista panorâmica voltada para o rio Ozama.
O local está aberto de terça a domingo, das 09:00 às 17:00, e fica situado na Calle Las Damas, a primeira rua criada na Zona Colonial.
Seguimos para a Catedral Primada de América, a catedral mais antiga das Américas, construída na primeira metade do século XVI. Conta a história que Cristóvão Colombo gostaria de ser enterrado nessa catedral, o que inclusive constou em seu testamento. E foi o que ocorreu, mesmo tendo morrido na Espanha. Entretanto, algum tempo depois, os restos mortais de Colombo foram retirados da catedral primada e desde então ainda há controvérsia se hoje estariam em solo dominicano ou em Sevilha, na Espanha.
Quando estivemos na cidade, uma boa parte da Zona Colonial estava em reforma e a catedral também estava passando por restauros. Ficamos um pouco confusos por onde entrar na igreja já que não havia ninguém por perto para nos orientar onde seria a entrada. Demos uma volta na construção e encontramos a bilheteria. Compramos os ingressos mas mesmo assim ainda não sabíamos por onde entrar, justamente por causa da reforma.
O calor que fazia na cidade no mês de julho era tão forte, que a entrada na igreja foi um alívio! Confesso que, antes de observar qualquer coisa, fiquei sentada virada para o ventilador por um minuto e só depois começamos observar a arquitetura interna.
Da catedral, fomos andando até a Plaza de España, local onde está situado o Museu Alcázar de Colón, a casa onde morou Diego Colombo, filho de Cristóvão Colombo.
Para visitar o museu, é necessário comprar os ingressos em outra casa que fica na mesma praça. Observe que na foto abaixo há uma casa branca, do lado esquerdo, que está coberta pelas árvores. É lá onde fica a bilheteria.
A visita é feita com guias de áudio (tem até em português) e por isso recomendo que visite o local com tempo, já que em cada parte da casa há uma explicação em áudio. São tantas as informações que calculo que a visita dure pelo menos 40 minutos.
São salas, quartos, cozinha, muitas obras de artes e objetos da família que fazem do museu um dos mais visitados da capital dominicana.

Dentro da casa de Diego Colombo – a foto do canto superior esquerdo é do seu quarto, que era separado do quarto de sua esposa
O local está aberto todos os dias das 09:00 às 17:00.
Depois seguimos para o lado oposto da Plaza de España, em direção ao Parque Independência, que fica um pouco fora do centrinho da área colonial, mas dá perfeitamente para ir a pé. Mais visitados por dominicanos, esse parque histórico foi local de proclamação da independência do país.
A entrada no parque é gratuita e é possível também visitar o Altar de la Patria, um mausoléu de mármore branco e estátuas dos três fundadores da República Dominicana: Juan Pablo Duarte, Francisco del Rosario Sánchez e Matías Ramón Mella.
Quando chegamos, encontramos um senhor que deu uma de guia e começou a “explicar” sobre as estátuas. Ele nos levou para uma parte superior, tirou uma foto nossa e depois cobrou pelo “tour”. Ficamos com um pouco de pena e deixamos ele dar a sua aula (que mal entendíamos) e depois demos um trocado pra ele.
Lembra que eu falei que o centro histórico é bem legal durante a noite?
Pois é, voltamos para jantar em duas noites e vimos algumas apresentações de música e dança nessa praça! Há vários restaurantes, com mesas externas iluminadas com velas. É muito legal mesmo!

Restaurantes da Plaza de España durante a noite – além de curtir as mesas ao ar livre, ainda dá para apreciar um grande cartão postal da cidade: a casa de Diego Colón
Dia 2: Faro a Colón, Parque del Tres Ojos e Shopping Sambil
Santo Domingo é uma cidade de difícil locomoção, quando o tema é transporte público. Os táxis não têm cor própria e muitos nem têm a sinalização de que são táxis. É muito fácil ver motoristas oferecendo seus serviços na Zona Colonial. O ideal é acertar primeiro o valor da corrida, de preferência em pesos (que sai mais em conta).
Como há atrações mais distantes do centro histórico, contratamos um taxista para nos levar a todos esses pontos.
Começamos no Faro a Colón, uma construção recente e local onde estão supostamente depositados os restos mortais de Cristóvão Colombo. Há discussão de que os restos de Colombo estejam em Sevilha, mas muitos dizem que foram enviados restos mortais de outra pessoa, pois após enviarem os restos de Colombo para a Espanha, encontraram uma urna com o nome dele na catedral e por isso cogitam ter enviado o corpo de outra pessoa.
Há várias salas no local, com informações sobre vários países não só da América, como também de outros continentes. O mais legal mesmo é o altar com o mausoléu com os supostos restos mortais de Cristóvão Colombo.

Há portas nos dois lados do corredor onde podemos percorrer e ver informações sobre vários países do mundo
O museu está aberto de terça a domingo, das 09:00 às 17:00.
Finalizando as visitas turísticas, visitamos o Parque Nacional Los Tres Ojos, uma enorme caverna com três lindos lagos de água doce, que são justamente os três olhos d’água. Como os lagos ficam em uma área coberta, recomendo que não se contente em ver um deles de cima. Pague o ingresso e desça as escadas porque você vai se surpreender!!!
O lugar é extremamente quente e úmido. À medida que fomos descendo as escadas, o suor aumentava, mas a paisagem era tão deslumbrante que nem deu tempo de ficarmos desanimados.
O primeiro lago é chamado de Lago de Azufre, por causa do enxofre que acreditavam existir na água. Foram realizados testes que comprovaram que não há o suposto enxofre.
É possível ver o lago de dois lugares e, em cada um, conseguimos captar uma cor diferente da água. Veja um vídeo que fizemos quando chegamos ao outro lado:
O segundo lago é chamado de La Nevera e seu nome se refere às baixas temperaturas da água, já que não bate sol nele. Quando chegamos ao La Nevera vimos que existe uma barquinha que leva até o último lago.
Pagamos alguns poucos centavos e dividimos o barco com alguns locais. O trajeto é bem rápido e por causa da baixíssima luminosidade, não conseguimos boas fotos durante o caminho.
Assim que saímos do barco, andamos por cima de rochas por mais poucos metros até chegar ao terceiro e último ojo, chamado de El Lago de las Mujeres ou Los Zaramagullones. Esse é o mais diferente dos três, tanto na cor quanto na presença de vegetação. Difícil saber qual é o mais bonito!
Há uma ponte de madeira que nos leva até mais perto do lago. Esse é o limite até onde os turistas podem ir. Como você deve ter visto no vídeo, há um monte de peixinhos nesse lago, diferentemente dos outros, onde não percebemos nenhuma presença de animais.

Esse lago é o mais diferente de todos, não só pela cor como pela vegetação na sua volta. Ficamos encantados!
Deixamos para visitar o Parque dos Três Olhos no último dia de viagem e esse foi o passeio mais bonito que fizemos na capital dominicana. Digo, sem dúvida, que esse é aquele lugar must go para turistas!
O parque está aberto das 08:30 às 17:30. A entrada custava 100 pesos na data da nossa visita.
Para finalizar a nossa viagem, passamos os últimos momentos no Shopping Sambil, um shopping center bem estilo ao que temos no Brasil mas com a diferença dos valores serem mais baixos. Decidimos ir a esse local porque tínhamos somente 2 horas antes de ir ao aeroporto.
Aproveitamos que estava muito quente na cidade para relaxarmos um pouco no ar condicionado do shopping.
Para quem gosta de fazer compras, a República Dominicana é um país onde os produtos são realmente mais baratos que no Brasil. Só que os shoppings da capital não são os locais mais recomendados para compras por conta dos preços mais elevados que em outros locais. Mesmo assim, encontramos produtos de marcas conhecidas com valores bem mais baratos que aqui, que até nós, que não somos de fazer compras, nos rendemos a comprar umas coisinhas!
Nesse dia, para a alegria dos homens, havia uma exposição de carros antigos. Não só Fabrício, como todos os outros homens não passavam sem ao menos parar para ver os carros.
Nesse shopping há um grande aquário chamado Aquamundo, que conta com diversas éspecies marinhas do Caribe. Há até algumas amostras do aquário pelo shopping.
Por causa do pouco tempo, só conseguimos ver a lojinha e alguns pequenos aquários que estavam pelo shopping.
O Aquamundo está aberto de segunda a sábado das 10:00 às 21:00, e nos domingos e feriados, das 12:00 às 21:00.
⚠️Só a título de informação, os plugs de tomadas na República Dominicana são de dois pinos achatados paralelos, ou seja, pinos quadrados. Caso os seus eletrônicos tenham plugs do formato brasileiro de dois pinos redondos, recomendo comprar um adaptador como esse da foto. Encontrei o adaptador com facilidade em uma loja de produtos para construção em Santo Domingo.
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Oi
Quanto tempo durou a visita ao parque nacional los tres ojos?
Olá! A visita durou cerca de 1 hora e meia.
Abraços
Oii, eles aceitam o dólar no parque??
Olá! Acredito que eles só aceitem pesos dominicanos nas atrações da cidade.
Estou indo para Ssanto Domingo agora em Fevereiro. Pena que só terei 1 dia inteiro na cidade. Vou ter que escolher entre o centro ou o parque dos 3 olhos…
parabéns pelo post! Muito esclarecedor!
Aproveite!
Obrigada pela mensagem 😉
Voltei aqui para anotar tudinho…
Achei que estava ficando louca, pois não tinha visto os post mais.
Beleza!! Se precisar é só avisar 😉
Bjo
Muito legal mesmo, Antonio! Vale a pena conhecer 😉
Abraços
Que lugar legal! Me surpreendeu!
http://ariquezadeviajar.blogspot.com/