
Ametista do Sul é uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, conhecida pelas suas minas e pela forte presença do garimpo de pedras preciosas, especialmente a ametista. Ela fica a aproximadamente 430 km de Porto Alegre e 130 km de Chapecó (SC), sendo uma boa opção de viagem para quem está no sul do Brasil. É uma cidade pequena, mas com o turismo aquecido por conta da mineração, cristais, natureza e energia. Para quem gosta do tema ou quer um roteiro diferente pelo sul do Brasil, vale o bate-volta ou até um fim de semana mais tranquilo.
Já estivemos duas vezes por lá, a última vez há um mês, e resolvi reunir neste post os principais lugares que visitei — desde minas em atividade até pontos turísticos mais alternativos. Se você está planejando ir pra lá, anota essas dicas.
Índice
O que fazer em Ametista do Sul
Garimpo em Atividade
Um dos passeios mais interessantes em Ametista do Sul é o Garimpo em Atividade, que funciona de verdade e está aberto à visitação. Fizemos esse passeio nas duas vezes que estivemos na cidade e achamos que é um dos mais interessantes.
Antes de entrar na mina, todos os visitantes — inclusive crianças — recebem equipamentos de segurança, como capacetes. O grupo percorre um pequeno trajeto a pé até chegar à entrada do garimpo.
Lá dentro, somos guiados por garimpeiros experientes que explicam como funciona o trabalho de extração da ametista. Eles mostram os equipamentos usados no dia a dia, como brocas, perfuradoras e até mesmo os sistemas de explosão (que são autorizados e controlados pelo Exército). É tudo muito seguro e feito de forma educativa.
Durante a visita, é possível ver as galerias subterrâneas, entender o processo de retirada dos geodos e tirar dúvidas diretamente com quem trabalha ali. Quem gosta de experiências diferentes e quer ver de perto como é a vida no garimpo vai curtir bastante.
No final, há uma lojinha com peças de ametista e outras pedras para quem quiser levar uma lembrança da visita. É um passeio que mistura turismo, aprendizado e contato com a realidade local — bem diferente dos roteiros tradicionais.
Tempo de visitação: aproximadamente 20 minutos
Valor pago por pessoa (maio/2025): R$20,00
Ametista Parque
Esse é outro passeio que eu também achei interessante. A experiência começa com um passeio motorizado dentro de uma antiga mina — sim, você entra de carrinho mesmo. O trajeto é curto, mas vale a pena. Durante o percurso, é possível ver os geodos ainda incrustados no basalto e entender um pouco sobre como era o trabalho dos garimpeiros.

O veículo que nos leva para visitar as minas
Depois do passeio, seguimos para o museu, que abriga a maior coleção de minerais da América Latina. São mais de 2 mil exemplares, incluindo fósseis, meteoritos e cristais raros. O destaque vai para um geodo de ametista de aproximadamente 2,5 toneladas, impressionante pelo tamanho e pela beleza.
A guia nos explicou que a maior parte das ametistas extraídas na cidade são exportadas para a China. Ela também explica as diferentes cores de ametistas, bem como a história das formações das pedras, há milhões de anos. Lá dentro vimos ainda um meteorito de 131kg que foi descoberto em um município do Rio Grande do Sul em 2008. Meu filho adorou o passeio pelo museu!

Dentro do museu do Ametista Parque
O complexo também abriga diversas lojas, cada uma com um foco diferente. Tem loja de pedras e cristais, chocolateria subterrânea, casa de queijos, vinhos e sucos e até uma cervejaria artesanal subterrânea. Tudo isso ambientado em antigas galerias de mina, o que torna a visita ainda mais especial. Tem até um mirante com uma vista bem bonitinha.
Almoçamos por lá mesmo, no Garimpo Restaurante, que também fica dentro da mina. Só atenção para o horário do almoço, pois os restaurantes da cidade não funcionam até muito tarde.
Se você estiver com tempo, vale explorar o espaço com calma. É uma mistura de museu, mina, polo gastronômico e centro comercial, tudo no mesmo lugar.
Valor da entrada (maio/2025): R$ 40 por pessoa, com estacionamento incluído.
Horário de funcionamento do museu:
- Todos os dias: 08h30min às 11h30min – 13h às 17h
Shopping das Pedras
Se você gosta de cristais, lembranças de viagem ou quer simplesmente garimpar bons preços, o Shopping das Pedras é uma parada obrigatória em Ametista do Sul. O espaço é grande, coberto, e abriga uma série de lojinhas que vendem desde pequenos chaveiros até peças enormes de decoração feitas com ametista, citrino, quartzo rosa e outros minerais.
O ambiente é bem organizado e agradável de circular. Cada lojinha tem um estilo diferente — algumas focam em peças brutas, outras em lapidações, semijoias, artesanato e até itens esotéricos. Também tem muita variedade de preços. Dá pra encontrar lembrancinhas simples por R$ 10, mas também esculturas e geodos enormes que passam dos mil reais. Como os preços variam de loja pra loja, vale mesmo dedicar um tempo pra comparar antes de comprar.
O legal é que, apesar de ser um ponto turístico movimentado, os valores são acessíveis na maioria das lojas, e os atendentes costumam ser bem solícitos, explicando sobre as pedras, origem e propriedades. Pra quem gosta de decoração ou coleciona minerais, é fácil se empolgar por lá.
O Shopping das Pedras fica bem próximo ao centro e tem estacionamento no local. Mesmo que você não esteja pensando em comprar nada, o passeio vale a pena pela variedade e pelo visual das peças expostas.
Horario de funcionamento:
- Domingo – Sexta: 8h30 às 11h30 e 13h30 às 17h.
- Sábado: 9h às 18h.
LP Minerais do Brasil
A LP foi uma dica de uma amiga, que nos recomendou pelo valores cobrados no local. A loja é enorme, bem estruturada e fica em um complexo que também abriga a fábrica da marca — ou seja, tudo ali é direto da fonte. Ela está localizada na Avenida Bento Gonçalves, uma das principais da cidade, e é referência tanto para quem quer comprar cristais quanto para quem se interessa pelo universo da mineração.
Logo que entramos, a sensação foi de estar num showroom de pedras preciosas. A loja é muito bem iluminada e organizada por setores, o que facilita bastante a navegação. Tem desde pedrinhas pequenas (foi o que mais compramos!) até peças gigantescas, como geodos, capelas e esculturas em ametista. Também há joias, gemas lapidadas e objetos de decoração com acabamento fino.
Mesmo sendo uma loja de padrão internacional, os preços são variados — dá pra encontrar opções bem acessíveis. É um ótimo lugar pra quem quer levar lembranças, fazer coleção ou mesmo comprar presentes diferentes.
Além da variedade, outro ponto positivo é o atendimento. A equipe é bem preparada, explica sobre as pedras, a origem e as propriedades de cada uma . Isso torna a experiência ainda mais rica, principalmente pra quem está começando a se interessar por minerais agora.
Horario de funcionamento:
- Segunda – Sexta: 9h30 às 18h.
- Sábado: 9h30 às 13h.
- Domingo e Feriados: Fechado
Museu do Bambu
Visitamos o Museu do Bambu pela primeira vez quando ele ainda funcionava em outro endereço. Agora, ele está em um espaço maior e mais estruturado e continua sendo um passeio super diferente e curioso.
O acervo é dedicado exclusivamente a produtos feitos com bambu. São mais de 600 peças em exposição, que vão desde itens de construção civil — como vigas e pisos — até utensílios domésticos, móveis, instrumentos musicais, artesanato e até produtos de uso terapêutico. O museu mostra bem como o bambu pode ser versátil, sustentável e presente em diversas áreas do nosso dia a dia.
Depois de explorar o acervo, os visitantes podem degustar dois produtos inusitados: chá de bambu, palmito de bambu e carvão de bambu comestível, geralmente servido em forma de biscoito. A gente experimentou todos, mas confesso que o biscoito é meio estranho.
O espaço também conta com uma lojinha cheia de produtos feitos com bambu: objetos de decoração, acessórios, utensílios, cosméticos naturais e até mudas da planta. Tudo muito bem organizado e com preços acessíveis.
Se você gosta de experiências diferentes ou quer conhecer um lado mais ecológico e criativo da cidade, vale muito a pena incluir esse passeio no roteiro.
Horário de funcionamento:
- Terça a Sexta das 9h às 12h e das 13h às 17h
- Sábados, Domingos e Feriados das 9h às 17h
Valor da entrada (maio/2025): R$ 25 por pessoa
Endereço: Rua Vereador Jorge Bassi, nº 1059.
Praça Central e Pirâmide
Bem no centro de Ametista do Sul fica a praça principal, que é pequena, bem cuidada e cercada por alguns dos principais atrativos da cidade. Um dos destaques é a pirâmide esotérica, construída há cerca de 20 anos com o objetivo de atrair turistas interessados na energia das pedras.
A construção tem paredes revestidas com ametistas e um espaço central com minerais locais, onde os visitantes podem sentar, tocar os quatro cantos da pirâmide e até escolher uma pedrinha energizada para levar como lembrança. É um lugar simples, mas simbólico — virou cartão-postal da cidade e rende boas fotos. Tudo ali é acessível e dá pra conhecer a pé.
Igreja São Gabriel
A poucos metros da praça está a Igreja Matriz São Gabriel, uma das mais conhecidas do Brasil por ser inteiramente decorada com pedras de ametista. O interior da igreja impressiona: sãomilhares de cristais revestindo as paredes, altar, pedestais e até a pia batismal.
O ambiente é silencioso, bonito e transmite uma atmosfera de paz. Mas é bom saber com antecedência que para tirar fotos dentro da igreja é cobrada uma taxa. Mesmo assim, a visita vale muito a pena — é uma construção bonita e a cara da cidade, misturando fé, cultura local e o símbolo máximo de Ametista do Sul.
Torre Mirante
A Torre Mirante de Ametista do Sul é uma das atrações curiosas da cidade — e também a mais alta. Localizada ao lado da Igreja Matriz São Gabriel, ela tem 70 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares, e se tornou o prédio mais alto do município. Para comparação, ela é mais alta que pontos icônicos como a Catedral de Pedra de Canela e até o Cristo Protetor de Encantado.
O acesso ao topo é feito por um elevador panorâmico, que sobe rápido e oferece uma bela vista já durante o trajeto. Lá de cima, no mirante, é possível ter uma visão ampla da cidade e, em dias limpos, até avistar municípios vizinhos — afinal, Ametista do Sul está em uma das regiões mais altas do norte do Rio Grande do Sul.
A torre foi construída com recursos arrecadados por meio de doações da comunidade e apoio de instituições locais, sem uso de verbas públicas.
Além da vista, o espaço abriga uma capela no térreo, usada para celebrações religiosas, e o sino, que toca três vezes ao dia. É um passeio rápido, mas acho que que vale a pena por não ser caro para subir e por ter uma vista interessante da cidade.
Horário de funcionamento:
- Todos os dias das 8h às 11h30 e das 13h às 17h
Valor da entrada (maio/2025): R$ 10 por pessoa
Onde se hospedar em Ametista do Sul?
Já tivemos a chance de nos hospedar duas vezes em Ametista do Sul, e cada estadia foi em um lugar diferente — ambos recomendáveis, mas com propostas distintas.
🏨 Hotel das Pedras
Na nossa primeira visita, ficamos no Hotel das Pedras, que é mais central e facilita bastante o acesso à praça, à igreja e ao comércio local. Segundo o próprio hotel, ele é o único hotel temático em pedras ametistas do Brasil.
O hotel oferece quartos confortáveis, limpos e bem equipados, com ar-condicionado, TV, frigobar e banheiro privativo. O café da manhã era variado e saboroso, e o atendimento atencioso. Para quem quer estar no coração da cidade e ainda assim vivenciar a temática das pedras, essa é uma excelente escolha.
🏡 Chalés Temáticos – Complexo Belvedere Mina
Na segunda vez, escolhemos os chalés temáticos do Complexo Belvedere Mina. Eles ficam um pouco mais afastados da recepção e do restaurante, então é necessário estar de carro para se locomover dentro da propriedade. Nos hospedamos em um chalé casal temático, e as crianças ficaram em um chalé triplo com minha tia.
Os quartos são espaçosos e bem decorados, com estrutura completa (ar-condicionado, cama box, TV, frigobar e banheiro privativo). O único ponto negativo foi o desempenho do ar-condicionado para aquecer o ambiente — como pegamos dias frios, sentimos falta de um pouco mais de aquecimento.
O grande diferencial do Belvedere é a sua estrutura de lazer. As piscinas aquecidas internas foram o ponto alto da estadia, principalmente para as crianças.
Além disso, vimos várias piscinas externas com cascatas, toboágua e uma piscina infantil. Elas fazem parte do Belvedere Mina Park, que funciona durante o verão (de outubro a março) e conta ainda com uma piscina subterrânea aquecida construída na rocha, além de bares, churrascaria subterrânea, cervejaria artesanal e lojinhas de pedras e artigos de banho. Durante a nossa visita (quase inverno), essa parte do parque estava fechada, mas já deu vontade de voltar na temporada quente para aproveitar tudo.
Onde comer em Ametista do Sul?
Se você vai visitar Ametista do Sul, vale se programar com atenção para os horários das refeições. A maioria dos restaurantes da cidade fecha cedo, especialmente no horário do almoço, então é bom se organizar para não chegar tarde demais e ficar sem opção.
Entre os lugares que mais gostamos, dois se destacam não só pela comida, mas pelo ambiente único: ambos funcionam dentro de antigas minas e têm mesas decoradas com pedras de ametista — um verdadeiro charme à parte.
🍽️ Garimpo Restaurante (Ametista Parque Museu)
No dia em que visitamos Ametista Parque Museu, resolvemos almoçar por lá por recomendação de uma amiga. O restaurante funciona dentro de uma mina desativada, com paredes de basalto e mesas feitas com pedras ametistas.
O buffet era livre, com comida caseira e bem servida. O ambiente é climatizado, bem iluminado e diferente de qualquer outro restaurante que já visitamos.
Horários de funcionamento:
-
Terça a sexta: das 09h30 às 13h30
-
Sábado e domingo: das 09h30 às 14h
Valor do buffet por pessoa: R$ 95 (crianças até 6 anos não pagam)
🍽️ Restaurante Mina (Complexo Belvedere)
Já conhecíamos o restaurante do Complexo Belvedere de uma visita anterior e repetimos a dose nesta viagem. Assim como o anterior, ele também é subterrâneo e foi construído dentro de uma mina desativada. É o primeiro restaurante temático de ametista do mundo, e o visual é incrível. Todas as mesas são decoradas com ametistas.
No almoço, o buffet livre custa R$ 80 por pessoa e inclui carnes grelhadas durante a semana e churrasco nos fins de semana e feriados. Crianças até 4 anos não pagam; de 5 a 9 anos pagam R$ 45,00.
Já no jantar, o restaurante oferece menu à la carte. Os pratos variam de R$ 45 a R$ 98. O atendimento é por ordem de chegada.
Nas sextas e sábados à noite, também há sequência de fondue (queijo, carnes e chocolate), por R$ 90 por pessoa.
Horários de funcionamento:
-
Almoço: todos os dias, das 11h às 14h
-
Jantar: todos os dias, das 19h às 22h
Vale a pena conhecer Ametista do Sul?
Nós gostamos de passear em Ametista do Sul — tanto que já estivemos lá duas vezes. É uma cidade pequena, tranquila, mas com uma proposta bem definida: turismo voltado à mineração, às pedras preciosas e à energia dos cristais. E isso ela entrega com qualidade.
Um dos motivos que facilitam a nossa visita é a proximidade: moramos a menos de 300 km, então conseguimos organizar a viagem de forma prática. Para quem mora mais longe, o ideal é combinar Ametista com outros destinos próximos, já que dois dias são suficientes para conhecer tudo com calma.
Na nossa primeira vez por lá, por exemplo, montamos um roteiro que incluiu Ametista do Sul, Salto do Yucumã e as Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul. Foi uma combinação ótima entre natureza, história e experiências diferentes — e super recomendável para quem gosta de variar os tipos de passeio numa mesma viagem.
Também achamos que Ametista do Sul é um ótimo destino para ir com crianças. Nosso filho mais velho, que é fascinado por Minecraft, ficou empolgadíssimo em visitar as minas e ver de perto algumas das pedras que ele já conhecia do jogo. No fim, acabamos comprando algumas pedrinhas só porque ele reconheceu como “itens do inventário” — impossível resistir!
No geral, Ametista do Sul é uma cidade que surpreende pelo cuidado e pelas atrações. Só um detalhe importante: é bom ter algum dinheiro em mãos, pois alguns lugares que visitamos só aceitava pagamento em dinheiro.
Se você se interessa por pedras, geologia, turismo alternativo ou está em busca de um lugar diferente e acolhedor no interior gaúcho, vale a visita.
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