Dentre as capitais dos três países bálticos, Riga, capital da Letônia, é aquela que os turistas dão menos importância. Na maioria das pesquisas, vimos que sempre recomendavam menos dias nela do que em Tallinn ou em Vilnius. Assim sendo, adaptamos o roteiro e, sem muitas expectativas, acabamos tendo uma boa surpresa! Sim, Riga é lindinha!!! Bem verdade que o seu centrinho histórico é pequeno, mas a cidade é mais moderna que as dos países vizinhos, sendo a maior capital das repúblicas bálticas. Não é uma cidade para ser deixada de lado de forma alguma.
Onde fica a Letônia?
O país, que em inglês é chamado de Latvia, está localizado entre a Estônia (ao norte), Lituânia (ao sul), Rússia (ao leste), Bielorússia (ao sudeste) e o Mar Báltico, a oeste. O idioma falado é o letão (nada fácil de entender) e, por fazer parte da União Europeia, o país adotou o euro como moeda. Assim como os outros países da comunidade que assinaram o Acordo de Schengen, brasileiros não precisam de visto para visitar a Letônia por um período máximo de 90 dias.
– Entenda como é a imigração na Europa
Veja no mapa abaixo a exata localização do país:
Em termos financeiros, assim como a vizinha Estônia, é um país acessível para brasileiros, mesmo em época de real desvalorizado. Os valores de hotéis, restaurantes e lembrancinhas são razoáveis e mais baratos que das capitais europeias em geral. Por falar em lembranças, vimos uma enorme variedade de ímãs de geladeira super bonitos em Riga e os valores eram ótimos, principalmente em relação a mais cara Vilnius, na Lituânia.
O que ver em Riga?
Passamos apenas dois dias na cidade e organizamos o roteiro incluindo os seus principais pontos turísticos. Claro que há mais coisas para ver (quem procura sempre acha), mas os locais que vamos falar aqui foram os que conseguimos visitar durante a nossa estadia!
Começamos o passeio na Rātslaukums Square, uma importante praça localizada no centro histórico de Riga (Old Town) onde, durante a Idade Média, funcionava um mercado a céu aberto e que foi completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial.
É nessa praça que está localizada a famosa House of Blackheads (Casa das Cabeças Negras, uma corporação de mercadores medievais que era formada por alemães solteiros). A construção do século XIV também foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruída em 1999.
A casa tem uma fachada lindíssima, que se destaca no meio dos outros prédios antigos não só pela arquitetura como também pela forte cor no tom avermelhado. Infelizmente não pudemos entrar porque estava fechado para visitação durante a nossa visita à cidade, que foi no mês de dezembro.
Vimos algumas estruturas em formato de molduras de porta-retratos espalhadas pela cidade, uma delas bem na praça Rātslaukums.
Bem próxima à House of Blackheads está a St. Peter’s Church (Igreja de São Pedro), uma igreja luterana construída em 1209 e a sua torre já foi a construção de madeira mais alta da Europa. Como visitamos a cidade logo depois do Natal, a igreja estava fechada e não conseguimos conhecê-la por dentro.
Bem atrás desta igreja, passamos por uma estátua diferente que nos chamou muito a atenção: um galo que estava por cima de um gato que, por sua vez, estava em cima de um cachorro, que estava em cima de um burro. Depois descobrimos que a estátua leva o nome de Bremen Town Musicians e que é uma cópia de outra escultura localizada na cidade de Bremen, na Alemanha. A estátua foi inspirada em um dos contos de fadas dos Irmãos Grimm, responsáveis por popularizar estórias como, por exemplo, Rapunzel e Bela Adormecida.
O centrinho histórico da cidade é aquele local que sempre dá vontade de voltar e por isso andávamos por suas ruas de dia e de noite, sempre descobrindo algo novo. É aquele lugar fotogênico, com casinhas coloridas que seguem o padrão arquitetônico histórico de Riga.
No centro histórico há duas grandes praças (praça em letão se chama laukums): a Doma laukums, que é a Praça do Domo, e a Līvu laukums. A primeira, é a principal praça de Riga, rodeadas de cafés, bares, lojas e restaurantes e onde está localizada a Rīgas Doms (Catedral de Riga), uma catedral luterana construída em 1211 e reconstruída diversas vezes ao longo dos séculos seguintes. É a maior catedral medieval dos países bálticos. A entrada no local é paga (custou 3 euros para cada um) e valeu a pena pagar para vê-la por dentro, com seu imponente órgão, que é o terceiro maior órgão tubular do mundo; o lindo altar; uma pia batismal do século XII, que é a mais antiga do país; e algumas obras de arte interessantes.
Foi na Praça do Domo onde, finalmente, a neve caiu pela primeira vez durante a nossa visita aos países bálticos. E olhem que já estávamos há 4 dias por aquelas bandas, bem na época do Natal, e todos estavam comentando que aquele inverno estava atípico, afinal passamos o Natal em Tallinn e não caiu nem um floquinho branco. Em compensação, as ruas de Riga ficaram branquinhas no dia seguinte à nossa chegada e, nos dias seguintes, quando já estávamos em Vilnius, na Lituânia, enfrentamos dias de muita neve e temperaturas que chegaram à casa dos 20 graus NEGATIVOS!!!
Na praça do Domo, o movimento de pessoas estava a todo vapor, com as barquinhas da feirinha de Natal, onde encontrávamos desde artesanato local, souvenirs, artigos natalinos e comidas típicas desta época do ano.
Na Līvu laukums, que é a segunda maior praça de Riga, vimos também outras barraquinhas de Natal e uma pista de patinação no gelo, além de lojas e cafés ao seu redor. Os edifícios no entorno desta praça são LINDOS!!! Entretanto, o prédio que mais queríamos ver era o Cat House, um edifício de 1909 e que tem um figura de um gato preto no telhado! Essa imagem virou o símbolo da cidade, tanto que encontramos diversas lembranças com esta imagem (compramos vários ímãs de geladeira desse gatinho)!!! Quer saber mais sobre a nossa histórias com os gatos? Criamos uma aba aqui no blog só sobre o tema! Clique aqui e descubra o porquê!
Saindo da Cat House e seguindo pela Meistaru iela, chegamos ao Latvian War Museum (Museu da Guerra), localizado em uma torre de pólvora do século XIV, e que contém um acervo de objetos da história política e militar do país, sobretudo do século XX, período pelo qual o país teve que lutar duas vezes pela independência.
A entrada no museu é gratuita e não é permitido o ingresso nas salas carregando mochilas ou sacolas grandes. Para tanto, há armários gratuitos.
O local está aberto todos os dias nos seguintes horários:
Abril a outubro: 10:00 às 18:00
Novembro a março: 10:00 às 17:00
Endereço: 20, Smilsu Street, (Pulvertornis), Riga.
Falando em luta pela independência, passamos pelo Brīvības piemineklis (Monumento da Independência ou Freedom Monument), símbolo da independência da Letônia e um grande cartão postal do país. Localizado na rua principal de Riga (Brīvības iela), o monumento pode ser visto de longe.
Ao seu lado, há parques e quilômetros de área verde que, pela nossa experiência, podemos apelidar de “área branca” graças à neve que deu o ar da graça nos dois dias que passamos em Riga. Aproveitamos a paisagem diferente para caminharmos pelo local, que de verde não tinha nada, mas que estava lindo!
Assim que saímos do parque, seguimos em direção ao Latvijas Okupācijas muzejs (Museu da Ocupação), que conta a história da ocupação do país de 1940 a 1991, que sofreu com os regimes nazista e soviético. Uma das imagens que mais causou impacto foi de uma corrente humana de 600km (imagine o que é percorrer 600 km e ver pessoas de mãos dadas durante todo o trajeto!), conhecida como “The Baltic Way”, formada no dia 23 de agosto 1989, onde milhares de letões, estonianos e lituanos protestaram contra a ocupação soviética nos três países.
O museu está funcionando em um prédio próximo à ponte dos cadeados que fica no Bastejkalna Park e não mais no edifício da praça onde fica a House of Blackheads. A entrada é gratuita e há uma caixa para colocarmos a quantia que quisermos para ajudar a manter o museu.
Um dos resquícios do Império Russo, do qual o país fez parte, é a Nativity of Christ Cathedral (Catedral da Natividade), construída no século XIX, e hoje é a maior catedral ortodoxa das províncias bálticas. Durante o regime soviético, a catedral foi usada como um planetário e um restaurante, sendo necessária uma restauração posterior para que o edifício voltasse a ser igreja.
Nessa viagem ao países bálticos, foi onde tivemos a primeira oportunidade ver e entrar em igrejas ortodoxas (que são católicas) e notamos uma enorme diferença entre elas, as católicas romanas e as luteranas. Do lado de dentro das ortodoxas, as imagens sagradas deles são bem características, mas infelizmente não podia tirar foto no interior de nenhuma. Vimos religiosas com as cabeças cobertas e que sempre que se dirigiam a uma imagem, faziam o sinal da cruz com movimentos mais abertos dos braços e se inclinando para a frente.
Mais distantes do centro, visitamos a Latvian Academy of Sciences (Academia de Ciências da Letônia), edifício construído logo após a Segunda Guerra Mundial, que é um prédio com fortes traços soviéticos, já que fora construído durante o regime stalinista. Ele nos lembrou muito o Palácio da Cultura e Ciência em Varsóvia, na Polônia.
Pagamos 4 euros, cada, para subir até o 17 º andar de elevador e depois subimos pelas escadas até o 23º e último andar para termos a vista panorâmica da cidade. É simplesmente imperdível ver Riga do alto desse prédio!!!
Como o frio se intensifica no alto desse edifício, não passamos mais que 5 minutos por lá. Foi o tempo necessário para ver Riga de todos os ângulos e tirar algumas fotos da linda paisagem.
Do lado de fora, passeamos por aquele cenário tão diferente da nossa realidade tropical. Enquanto os nossos amigos e familiares estavam curtindo o verão no Brasil, nós estávamos ali, aproveitando o rigoroso inverno báltico e adorando aquilo tudo! No final das contas, cada estação do ano tem a sua beleza e cabe às pessoas aproveitar o que elas têm de melhor.
Muita gente nos perguntou como era enfrentar baixas temperaturas como as que pegamos. Sinceramente? Poucos foram os momentos que ficamos incomodados com o frio. Levando as roupas certas, não tem necessidade de vestir muitas camadas de roupas. Nesta viagem, que durou 20 dias, carregamos apenas uma mala pequena de embarque e todas as roupas foram suficientes.
Veja aqui como preparar uma boa mala para viajar durante o inverno!
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Oi. Adorei obrigado!!! Sabe dicas de onde comprar roupa de inverno online?
Olá! Tudo bem?
Normalmente eu compro minhas roupas fora do Brasil, pois costumam ser mais baratas.
Aqui no Brasil, indico o https://www.oficinadeinverno.com.br.
Abraços
Adorei, vou nesse inverno, vivo na Rússia e fui pra Finlândia no verão, e queria saber qual melhor para conhecer no inverno dos bálticos, estava pensando em ir apenas pra Talin, mas esse posto me convenceu, gostei, parabéns
Que legal, Junior!
Fiquei feliz em saber que o post ajudou você a tomar a decisão de ir a Riga.
Aproveite bastante a viagem 😉
O Projeto 101 Países é o meu cantinho para descobrir mais sobre o mundo!
Adoro dicas desses lugares que nunca passaram na minha cabeça conhecer e que agora já fazem parte da nossa lista.
Adorei as fotografias, gente, lindas!
Sabia que os lugares mais diferentes são os que mais nos animam? rss
Fico feliz em saber que conseguimos apresentar algo novo aqui 😉
Beijinhos e obrigada pela mensagem!
Que frio que vocês pegaram! Adoro que nessa época do ano tem mercados de Natal pela Europa, mas quero fazer essa viagem em outra época! hahaha Mas com certeza vou fazer ainda (tomara que logo!).
Também adoro os mercados de Natal! Como amamos o friozinho do inverno, a viagem foi maravilhosa! Sabia que não sofremos com o frio? Agora, com o calor….
Como faz para conhecer todos esses lugares ainda nessa vida?! rs A cidade pareceu um charme e você também me conquistou com os gatos 😉
Também quero saber! Preciso de umas 7 vidas para conhecer tudo hahaha
As 3 capitais dos bálticos são lindas!
Me senti visitando Riga novamente lendo seu post, Gabi <3
Essa cidadezinha é linda demais, e tem váários lugares fofos pra visitar. Eu AMEI a Cat house Hahaha Trouxe até um ímã dela pra casa.
Post super completinho pra quem vai visitar a cidade!
Obs.: Também fui no inverno e achei que fosse congelar!! bbrrrr…
Riga é apaixonante, hein?
Fomos a um Cat Café em Vilnius (e trouxemos um ímã de lá!).
Uau, parece lindo! As fotos são um mimo e vocês se vêm felizes! Amei o post.
A cidade é linda!! E sabe o motivo da felicidade? O frio!!! Amamos frio, amamos neve 😉
Bem do tipo de cidade que eu curto conhecer… Os outros Bálticos (Letônia e Lituânia!) já estão na minha lista e, se eu resolver ir no inverno, já sei quem vou procurar, kkk
Os 3 Bálticos são lindos e podem ser combinados em uma única viagem!