Para mim, falar de Salvador não é nada fácil, pois nasci e passei a maior parte de minha vida morando na cidade e nunca a encarei como um destino turístico, mas minha casa.
Recentemente, resolvi escrever um post sobre alguns mitos e verdades sobre a Bahia (veja aqui) depois de ouvir muitas perguntas de amigos e conhecidos que nunca haviam passado nem perto do Nordeste.
Salvador é uma das cidades mais conhecidas do Brasil e recebe turistas o ano inteiro. Muitos que nunca foram à cidade já ouviram falar de seus principais pontos turísticos, seja nas revistas, televisão ou fotos de amigos. Como uma soteropolitana que conhece bem a cidade, vou dar algumas dicas de como fazer turismo por lá, já que não é nada fácil andar pela capital baiana!
A parte antiga da cidade é dividida em Cidade Baixa e Cidade Alta. Na Cidade Baixa está localizado o Mercado Modelo, um grande centro que vende artesanato e outras lembranças típicas da Bahia.
Na frente do mercado há várias barracas que também vendem artesanatos e produtos falsificados, além de vendedores desesperados em ganhar qualquer centavo. Por isso, se você não tem interesse em comprar, passe adiante sem conversar muito pois, do contrário, eles vão tentar te convencer a comprar algo.
Cuidado também com as ciganas que ficam na frente do Mercado Modelo, elas pedem a sua mão para ler e depois vão cobrar pelo serviço. Ao menos que você goste e queira que a cigana leia a sua mão, nem olhe para elas, pois várias tentarão até puxar a sua mão. Esse assédio não é nada agradável e para você “escapar” dessa só ignorando mesmo.
Quem chegar à cidade de navio começará o passeio pela cidade baixa, já que é onde fica o porto de Salvador.
No topo do Mercado Modelo há um restaurante de comida típica da Bahia. Se quiser se aventurar nos sabores, peça uma moqueca de camarão. É um dos pratos que mais gosto!
O Elevador Lacerda é responsável por ligar as cidades alta e baixa e o valor da passagem é bem baixo (R$ 0,15 em 2015). O que muitos turistas não sabem é que o elevador não é panorâmico, ou seja, do lado de dentro é um elevador normal, como o de qualquer edifício residencial, só que com capacidade para mais pessoas. O elevador foi construído em 1873 e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Saindo do Elevador Lacerda, já na Cidade Alta, você verá de um lado o Palácio Rio Branco, que foi a antiga sede do governo da Bahia e de outro a Prefeitura de Salvador (um edifício que não tem nada a ver com a arquitetura local e eu acho ridículo. Era para ser temporário e lá ficou). Entretanto, não perca a vista da Baía de Todos os Santos de lá e de cima, é maravilhosa! O Palácio Rio Branco é aberto à visitação e é de uma arquitetura muito bonita!
Ainda ao lado do elevador há uma sorveteria famosa chamada “A Cubana”, que existe desde de 1930 e é bem tradicional. Peça o sorvete de coco, muito bom!
Para ir até o centro histórico, siga a rua do lado da “Prefeitura Moderna” e logo adiante terá um museu muito legal que eu recomendo! É o Museu da Santa Casa de Misericórdia, edifício fundado em 1549 e que conta a história desse local que ajudou mães solteiras e muitas crianças órfãs. A visita é guiada e super interessante mesmo.
O museu está aberto de segunda a sábado das 10:00 às 17:00 e aos domingos das 13:00 às 17:00. A entrada custava R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (estudantes e idosos) (valores de 2014). Crianças até 7 anos não pagam e a entrada é gratuita para todos no último domingo do mês.
Para saber um pouco mais sobre a história da Santa Casa: clique aqui
As ruas do centro histórico de Salvador são de paralelepípedo e o ideal é usar sapatos confortáveis, de preferência tênis. Nessa parte da cidade há muitas Igrejas, casarões antigos e muito comércio voltado ao turismo.
As casinhas coloridas do Pelourinho são relativamente conservadas, a Fundação Casa de Jorge Amado, que fica no Largo do Pelourinho, é bem interessante e as igrejas são centenárias.
Evite entrar em uma rua que não seja movimentada e que saia do roteiro principal e atenção redobrada durante a noite. Essa parte da cidade há algum tempo ficou conhecida como a mais policiada justamente por ser histórica. Ou seja, andar pelas ruas principais é relativamente seguro, o problema e sair da movimentação.
No Pelourinho há várias igrejas antigas e a Igreja de São Francisco é muito visitada por causa de sua decoração interna feita de ouro. Na minha opinião é a igreja mais bonita de Salvador e vale a pena mesmo visitá-la.
Um pouco mais distante do centro histórico há outra igreja também bastante visitada na cidade. É a Igreja do Senhor do Bonfim, responsável por dar o nome às fitinhas do bonfim. As fitas custam pouco e as pessoas normalmente as amarram no pulso e para cada nó fazem um pedido. Dizem que os pedidos só serão realizados quando a fita se partir sozinha.
Essa igreja é uma das mais tradicionais da cidade e todos os anos, no mês de janeiro, há uma festa chamada Lavagem do Bonfim. Várias pessoas vão a pé até a colina sagrada (onde fica a igreja) pagar promessas ou até mesmo festejar. Muitos baianos costumam dizer: “Quem tem fé vai a pé”.
A lavagem das escadarias da igreja é celebrada não só por católicos, mas também por seguidores do candomblé, de outras religiões e também por não religiosos. Hoje em dia é mais um evento cultural do que um evento religioso em si e muitas pessoas vão ao Bonfim nesse dia para fazer festa, dançar e beber.
Eu curto muito visitar igrejas e afirmo que as de Salvador não deixam nada a desejar a muitas igrejas pelo Brasil. Desde pequena ouço dizer que Salvador tem uma igreja para cada dia do ano. Nos dias atuais provavelmente existem mais de 365 igrejas na cidade!
Salvador é privilegiada por ter uma orla muito extensa, reponsável por embelezar a cidade. Em alguns pontos, a urbanização da orla é bem legal, em outras, um fracasso total.
Em uma parte não tão cuidada da orla fica a Praia da Ribeira (relativamente próxima do Bonfim), hoje uma praia mais frequentada pelas pessoas que moram no bairro e onde fica a Sorveteria da Ribeira, uma sorveteria muito tradicional e que foi frequentada por vários famosos. Acho o sorvete de lá bom, mas já experimentei melhores em outros lugares não tão conhecidos.
Para ver a parte da orla que está bem conservada é preciso ir para os bairros mais nobres e turísticos de Salvador, como a Barra. No local, além da beleza natural, as condições para caminhar são melhores já que a estrutura está sendo melhorada ultimamente.
No final de maio estive na cidade e vi um verdadeiro movimento de revitalização da orla na Barra (provavelmente por causa da Copa!).
O Farol da Barra, cartão postal da cidade, é aberto para visitação e dentro há o Museu Náutico da Bahia. Visitei esse museu em 2004 e lembro que na época ele estava preservado.
Não muito longe da Barra está o Estádio Arena Fonte Nova, que recebeu os melhores jogos da Copa do Mundo. O estádio pertence ao estado da Bahia mas quem detém o mando de campo é o time do Bahia.
Eu estava muito animada para ver o estádio depois que foi reconstruído, mas não achei muito bonito, pelo menos por fora.
Em frente à Fonte Nova há um lago chamado Dique do Tororó, com várias esculturas de Orixás do artista Tati Moreno. Ao redor do lago pessoas costumam caminhar, correr e andar de bicicleta.
O Rio Vermelho é um bairro boêmio de Salvador e há alguns bons hotéis na região, além de muitos bares, restaurantes e boates. É o lugar ideal para quem gosta de festa!
Infelizmente, não tenho ouvido bons comentários de amigos que foram conhecer a minha cidade. Muitos me disseram que acharam Salvador suja, mal cuidada e de que os turistas são muito assediados nos pontos turísticos. Já quem mora na cidade se queixa do trânsito e da violência.
Realmente Salvador é uma cidade cheia de problemas, mas para quem gosta de arte, arquitetura e cultura, é um lugar muito interessante para conhecer, principalmente no centro histórico, onde ficam os prédios antigos.
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Minha cidade terra de tantos encantoãs!!!! MARAVILHOSA E MUITO BELA!!!!! Apesar das dificuldades possui um povo muito encantador e receptivo!!!!! AMO MINHA BAHIA!!!! Mesmo que Fau não concorde!!!!!! kkk