Por que visitar o Haiti?

Por que visitar o Haiti?

Esta foi uma das perguntas que ouvimos ao decidir fazer uma visita ao Haiti. Algumas pessoas nem precisaram perguntar: o modo com que nos olharam ou até mesmo o simples silêncio ao ouvirem a palavra “Haiti”, mesmo após animadas conversas sobre viagens, já deixava claro que era um destino improvável.

Mas afinal: vale a pena visitar o Haiti?

Como as pessoas que acompanham esse blog já sabem (até mesmo porque o seu nome não deixa dúvidas) a nossa intenção é visitar o maior número de países possível. E como estaríamos na República Dominicana, divisa com o Haiti, fizemos questão de conhecê-lo. A gente entende que não há país que não valha a pena visitar, alguma experiência nova sempre acontece e é muito gratificante. E eu, particularmente, sempre quis conhecer um país que tivesse passado por um desastre natural e saber como sua população sobrevivia após literalmente “a poeira ter baixado”.

Apenas para lembrar, Porto Príncipe, capital do Haiti, fica próxima ao epicentro de um forte terremoto ocorrido em 12 de janeiro de 2010 e que deixou cerca de 300 mil mortos, milhares de mutilados e órfãos, e a estrutura do país (que já era precária) em frangalhos, com grande parte de suas construções sob escombros.  Por tudo isso e para responder a pergunta-título, prefiro apenas iniciar contando um pouco da história da nossa viagem e deixar para que cada qual decida se vale a pena a visita ao país ou não. Mas prometo deixar a minha opinião no final do post. E antes de mais nada, quero dizer que este será um post diferente para quem está acostumado a ler os posts de Gabi. Eu não darei ênfase à parte turística da viagem, mas a outras questões. Não se preocupe que em breve Gabi fará um post a respeito dos passeios recomendados. Bem, vamos lá.

Ruínas decorrentes do terremoto no centro da capital Porto Príncipe

Ruínas decorrentes do terremoto no centro da capital Porto Príncipe

Tenho que confessar que antes de ir ao Haiti, a única imagem que tinha na cabeça era de uma cidade destruída. Se você olhar Porto Príncipe no Google Maps hoje, vai notar que o Palácio Presidencial ainda está em ruínas, assim como muitos outros prédios, e que qualquer terreno da cidade está ocupado por milhares de barracas azuis, os famosos tent cities, locais para onde os desabrigados foram levados e alocados após o terremoto. Em virtude disso, imaginei que essa seria a imagem que encontraria lá. Não era bem assim.

A viagem começou em um confortável ônibus no centro de Santo Domingo.  O que se imaginava ser uma viagem relativamente curta – a distância entre as cidades é de apenas 328km, se mostrou uma longa odisseia de 9 longas horas com paradas nas duas imigrações e para almoço. A história da viagem, no entanto, será tema para um outro post.

Para que tenhamos uma melhor noção do que é o Haiti, vale a pena listar alguns dados:

Haiti
População: 10,17 milhões de habitantes (2012)
Capital: Porto Príncipe (população 1.082.800 habitantes/2007)
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano – 2013): 0,471 (baixo)
Idiomas oficiais: Francês e Crioulo (uma espécie de francês local)
Taxa de analfabetismo: 47%
Expectativa de vida: 62,7 anos
(Fonte: wikipedia)

Pois bem.

Chegamos ao Haiti em uma tarde de muito calor (cerca de 37℃ – coisa comum por lá). A fronteira entre a República Dominicana e o Haiti já demonstrava o que estava por vir: calor, muita MUITA gente, barracas com produtos diversos para todos os lados. A divisa, em si, pode-se dizer que é uma cerca, um grande portão de ferro guardado por soldados dominicanos e um enorme amontoado de barracas. O “pano de fundo”, no entanto, é uma das mais belas vistas que tive durante minha viagem à Isla Hispaniola: o lago salgado Etang Saumâtre e o terreno semiárido que o cerca. Apesar de lindo, paradisíaco, o lago não é recomendado ao banho. Se você se aventurar por lá, pode se tornar a refeição de crocodilos americanos, espécie habitante do local.

O vídeo de nossa entrada no Haiti:

Fronteira Republica Dominicana e Haiti

Primeiras imagens haitianas: comércio ambulante às margens da fronteira

O paradisíaco e estonteante Etang Saumâtre. Lindo cartão postal haitiano!

O paradisíaco e estonteante Etang Saumâtre. Lindo cartão postal haitiano!

A vontade de mergulhar era enorme com o calor que fazia (38 graus)!

A vontade de mergulhar era enorme com o calor que fazia (38 graus)!

Se até a fronteira entre os países a estrada era de asfalto, bem cuidada, a primeira surpresa é exatamente a sua ausência ao entrar no Haiti: são alguns poucos quilômetros de chão batido e cascalho até se alcançar o próximo trecho de asfalto, sempre às margens do belo lago. A partir daí a paisagem vai mudando aos poucos: a natureza vai dando lugar a alguns casebres, que aos poucos se transformam em vilas, bairros e, de repente, estamos no meio de uma cidade grande, com trânsito intenso, motocicletas, bicicletas, pedestres, crianças, cachorros e tudo mais que se pode imaginar. Todos dividindo o mesmo espaço.
E começam as primeiras casas e primeiros sinais urbanos...

E começam as primeiras casas e primeiros sinais urbanos…

E chegamos a Porto Príncipe!

E chegamos a Porto Príncipe!

Pode-se dizer tudo de Porto Príncipe, menos de que seja uma cidade monótona. Sabe aquela imagem que sempre vemos na TV quando se está em um grande centro na África ou na Índia? Pois é, guardadas as diferenças culturais, é mais ou menos aquilo que temos: engarrafamentos, todas as calçadas ocupadas por ambulantes vendendo de tudo (de tudo mesmo!! Há balaios contendo apenas remédios, uma verdadeira farmácia!!), desde acessórios para celulares a frutas tropicais, de quadros típicos haitianos àquela lanterna de um Fiat 147, modelo 81 que você conseguiu quebrar ao estacionar seu carro perto de uma moto. Em Santo Domingo, no hotel em que ficamos hospedados, havíamos conhecido um simpático haitiano, Charmilly, que me disse que Porto Príncipe era um grande mercado a céu aberto. Não poderia ter sido mais preciso.

Lojas de rua em Porto Principe

Alguém precisa de uma lanterna? Há de tudo no grande comércio informal de Porto Príncipe

Frutas e verduras vendidas na rua em Porto Principe

Frutas? Legumes? Sim, há bastante!!

Comercio informal em Porto Principe

Roupas? Produtos de beleza? Sabonetes? Yes, we have’em!

Uma coisa você pode ter certeza: você vai ver mais bandeiras do Brasil lá do que aqui em época de Copa. E isso não só por causa da MINUSTAH (Missão de paz da ONU no Haiti comandada pelo Brasil). A combinação alegria e futebol que o Brasil tem faz um efeito enorme no país. Há também uma boa quantidade de bandeiras argentinas (um tal de Messi é meio conhecido por lá), mas nada que se compare às nossas.

Loja em Porto Principe com bandeira brasileira

E lá estava a nossa bandeira, onde quer que se olhe…

Haitiana

Opa! Há algo de familiar nesta sacola bem equilibrada pela moça!

Casa no Haiti

E a bandeira verde e amarela continua protagonista

Porto Principe Haiti Casas

Um sabemos que é Messi, e o outro? Seria Neymar? O cabelo até parece, mas o resto…

Como ficamos hospedados em Pétionville, parte mais rica da região metropolitana da capital, esse grande “mercado” urbano vinha sendo nossa primeira impressão. E nada, até aquele momento, me lembrava o terremoto que assolou o país. O caos que se via era aquele típico de um país pobre, falido, que não parecia ter relação com desastre natural, mas social, com uma desigualdade sem parâmetros.
No dia seguinte, após acertarmos com um táxi para nos levar ao centro da cidade, teríamos uma noção mais clara da real situação do país. Bem, para andar em Porto Príncipe teríamos que pagar um táxi ou alugar um carro, pois pode esquecer outro meio de transporte. O que eles chamam de transporte público lá são camionetes cobertas de adereços, conhecidas como tap-tap, bastante personalizadas e customizadas, dando um charme especial às ruas. Quanto à sua segurança, no entanto, mais lembra um dos nossos famosos e quase extintos “paus de arara”, muito comuns até anos atrás no transporte de meus conterrâneos nordestinos em romaria ou a caminho de grandes centros no Brasil. Por essa razão e para não perdermos muito tempo, optamos pelo táxi.

Tap Tap Haiti

Os tap taps, típicos transportes públicos de Porto Príncipe. Destaque para os enfeites. E lá vai Messi pendurado!!

Como não apreciar a arte presente nos tap taps??

Como não apreciar a arte presente nos tap taps??

Andar de carro pelo Haiti é como beber Coca-Cola, é “emoção pra valer!” (os mais velhos lembram do famoso slogan). E olhe que eu achava o trânsito de Salvador uma loucura!  (sabe de nada, inocente…) O nosso taxista, sempre que chegava a um cruzamento, simplesmente entrava na rua, fosse pela contramão ou não, e quem quisesse que parasse. Como todo mundo já sabe como as coisas funcionam lá, eles se entendem. Mas nessa hora eu juro que agradeci por ter desistido de alugar um carro.

À medida que íamos nos aproximando do centro da cidade, marcas do terremoto iam aparecendo: terrenos com bastante entulho, casas com escoras, muros com rachaduras, prédios que só mantiveram de pé o primeiro andar. Mas se engana quem acredita que a imagem era de um local morto: as pessoas estavam vivendo nestas casas, vendendo suas mercadorias, negociando com fregueses e mototaxistas caçando clientes.

Centro de Porto Principe

Centro de Porto Príncipe: as marcas do terremoto ainda permanecem

5 anos apos terremoto no Haiti

Em plena região central. Quase meia década depois e em alguns lugares parece que pouca coisa mudou.

Se o térreo está ok, por que não usá-lo??

Se o térreo está ok, por que não usá-lo??

Uma mostra de Porto Príncipe do Observatoire. Apesar de lamentar a situação da cidade, preciso ressaltar que a tristeza era minha. Os haitianos se mostram um povo sem lamúrias.

Após um tempo apreciando a paisagem urbana/caótica local e batendo um papo que misturava inglês e francês com nosso motorista Hyppolite, finalmente chegamos ao centro da cidade, coração do país, local onde se encontravam (ou deveríamos encontrar) os mais importantes prédios governamentais do Haiti. Só que não.

Nesse momento, tenho que confessar minha surpresa. Não me entenda mal, mas eu estava imaginando que a situação estivesse ainda pior.

O Palácio Nacional do Haiti, com sua grande área verde na frente, tinha se tornado apenas um grande terreno baldio à espera da reconstrução. Não estavam mais lá as ruínas do antigo palácio, o terreno já havia sido completamente limpo, estando em vias de começarem as obras. Você pode estar pensando: mas já não se passaram 4 anos e meio do terremoto?? Quase meia década e não há vestígios ainda do novo Palácio?? Pois é, meu caro, é bastante tempo. Mas lembrando o que falei no início deste post, eu ainda tinha a imagem no Google Maps na cabeça, achava que tudo ainda estava no chão. Ver que o primeiro passo para uma reconstrução havia sido dado me deu uma alegria inesperada.

Com o guia em Porto Principe

Trocando uma ideia com Hyppolite, nosso motorista/guia em Porto Príncipe. Quando não ia em francês, ia em inglês.

Palacio Presidencial do Haiti

O que antes era o Palácio Nacional no Haiti. Hoje um terreno baldio aguardando a reconstrução.

Bem ao lado do Palácio, ou melhor, de onde ele costumava estar, há o Musée du Panthéon National Haïtien, construção que se manteve intacta. Apesar de pequeno, a visita ao local serve para nos dar um bom insight a respeito da história do Haiti. E entendo que a importância de terem conseguido manter o museu aberto é, na minha opinião, enorme, pois é como se pudéssemos ver que, apesar de todas as dificuldades e tragédias, a cultura local não foi esquecida, não se tornou supérflua, muito pelo contrário, ganhou uma dimensão e responsabilidade ainda maior, podendo se tornar um motivo de orgulho para o país.

Saindo do museu, resolvemos dar mais uma volta de carro pelas redondezas. Todas aquelas áreas onde se vê, no Google Maps, amontoados de barracas azuis fornecidas pela ONU e por ONGs de todo o mundo após o terremoto, não são mais vistas. Muitas se tornaram locais de comércio livre, verdadeiras feiras, outras foram transformadas em praças ou estão sob algum tipo de construção. Há, no entanto, imensas áreas onde só há entulho, restos de casas e prédios onde temos a impressão que pouco mudou desde aquele fatídico dia de janeiro em 2010. São longos trechos por onde só se veem casas rachadas, aproveitadas do jeito que dá, e terrenos onde se é impossível caminhar devido às toneladas de entulho que ainda estão por lá. Mas não se engane: apesar da imagem de abandono que lhe vem à cabeça, o comércio está literalmente “comendo no centro” como costumamos dizer. Se não se pode negociar dentro da casa/loja, vamos para a rua! É gente vendendo roupa, bilhete de loteria, capa e chip para celular,  pneu usado, comida e sabe mais lá o quê! Até gente lavando e transportando colchão eu vi!

Comercio em Porto Principe

Shopping a céu aberto

Colchão delivery. Precisou, eles entregam. Muita admiração pela força de vontade da população.

Colchão delivery. Precisou, eles entregam. Muita admiração pela força de vontade da população.

E apesar de o centro estar todo este caos, havia arquibancadas sendo montadas para o carnaval haitiano que começaria naquele fim de semana! Opa! Por que diabos não podíamos passar o fim de semana lá para dar uma olhada na festa?!?

Preparação da "Sapucaí" haitiana. Pena não podermos ficar para assistir ao desfile.

Preparação da “Sapucaí” haitiana. Pena não podermos ficar para assistir ao desfile.

Pois é, apesar de em um primeiro momento ter ficado muito triste com a situação do país (você vê a dificuldade que a população haitiana passa, privações, para não falar nas perdas familiares que houve com a tragédia), por outro lado, com um pouco de reflexão, a gente tem que reconhecer: o povo haitiano não só sobrevive, mas também vive. Em qualquer parte da cidade que você for, você vai ver pessoas trabalhando, batendo papo, sorrindo, ouvindo música, etc. Se em nossa ideia encontraríamos um país com pessoas tristes, desoladas, estávamos enganados. Apesar de toda a pobreza, o povo não se demonstrava vencido. Muito pelo contrário, temos que tirar o chapéu pela atitude e força de vontade daquela gente. Queria muito poder ver o carnaval deles, mas infelizmente não deu.

Por fim, encontramos lá um amigo que tínhamos conhecido na internet, Pierre, professor de francês e literatura. Desde que soube que chegaríamos lá, ele fez questão de sair com a gente, falar do país dele, de sua gente, sempre com um grande sorriso no rosto. Ele e Charmilly (que citei anteriormente no post e ficou empolgadíssimo com o fato de que visitaríamos o país dele) mostraram pra gente que o Haiti tem uma população que, apesar de tudo, tem orgulho de ser haitiano, e tenho certeza que, se não fossem as circunstâncias que passaram, muitos jamais deixariam sua terra. Todas as pessoas com quem conversamos durante nossa passagem pelo Haiti falaram do terremoto e da pobreza haitiana de uma forma bastante natural, sem lamúrias. Com um jeito de explicar similar ao de um antigo BBB que fez fama com o bordão “faz parrrte”!

Haiti Porto Principe

Nosso querido amigo Pierre, responsável pelo insight do país

Para encerrar este longo post, digo então se vale a pena visitar o Haiti.

Bem, fomos apenas a Porto Príncipe. Se você é turista, não vale a pena. Mas se você é viajante, pode ter certeza que sim. O turista é aquele que apenas quer ver coisas bonitas, não quer ter dor de cabeça, passar aperto, etc. O turista, muitas vezes, sequer conhece um habitante local. O mais longe que o papo vai é perguntar a senha do wifi para a recepcionista do hotel. Se é este o seu caso, não recomendo. Você vai se decepcionar, pois a cidade não vai estar pronta para recebê-lo.

Agora se você é viajante, que gosta de conversar com os locais, saber o que eles pensam sobre uma série de coisas, se você gosta simplesmente de conhecer novas culturas, povos e aprender um pouco mais sobre o mundo, andar pelas ruas observando os detalhes, viver situações diferentes, e com tudo isso ainda achar que a viagem foi divertida, aí não tenha dúvida que vale a pena.

Então? Você é turista ou viajante?

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33 Comentários

  1. Parabéns pelo texto, pelo blog e pelo projeto! Encontrei a página na busca do Google porque estou planejando uma viagem de voluntariado no Haiti, em 2019. Se vocês tiverem dicas específicas para me dar, receberei de muito bom grado.

    • Olá! Tudo bem?
      Deve ser muito bacana participar de um programa de voluntariados. O Haiti é um país que precisa de muita ajuda. Os haitianos precisam que olhem para eles com carinho e respeito, como qualquer outro indivíduo.
      Sugiro apenas que tome os cuidados básicos em relação à segurança e higiene. O pessoal do programa de voluntariado provavelmente dará as recomendações e basta seguir as dicas.
      Abraços e bom trabalho 😉

  2. Olá Gabi, Fabrício e o mais novo integrante da família aventureira.
    Parabéns pela iniciativa de visitarem um país tão estigmatizado. Sou professora de história e desenvolvo um projeto sobre imigração em geral e mais especificamente sobre a imigração haitiana em Joinville, na cidade em que leciono. Aqui temos recebido muitos imigrantes haitianos que sofrem constantemente com cometários xenofóbicos.
    Tenho feito muita pesquisa sobre o Haiti, seu povo, sua cultura, tem muita similaridade com o Brasil. Vou utilizar o relato da visita que fizeram no projeto. Gostaria de saber se seria possível vocês gravarem um vídeo direcionado aos estudantes da escola sobre a viagem que fizeram. Tenham certeza que eles ficariam muito lisonjeados e mais interessados em pesquisar e conhecer mais sobre esse país
    Aguardo uma resposta.

    • Olá! Tudo bem?
      Que bacana o seu projeto! Também moramos em SC e notamos a grande presença de haitianos na região e os problemas que eles enfrentam por aqui. Inclusive, já demos palestra na universidade daqui da nossa cidade (Unoesc, campus Jpaçaba) sobre a nossa experiência no Haiti.
      Temos alguns vídeos no nosso canal do youtube sobre essa viagem.
      Qual o nome da escola que você trabalha?
      Agradecemos muito por utilizar o nosso relato e estamos à disposição!
      Abraços

  3. Fiquei muito feliz de encontrar esse post! Mas tenho uma dúvida. Compensa ir direto à Porto Príncipe ou será melhor ir à República Dominicana e pegar um ônibus ao Haiti? Qual opção é economicamente mais viável?

  4. OLÁ! Meu nome é Marie, tenho 22 anos, moro em São Paulo há 4 anos, estou cursando gestão de turismo, fico muito feliz por você ter visitado o meu país, muito obrigada por falar sobre a realidade do país, poucos brasileiros sabem da realidade e ficam comentando coisas absurdas sobre Haiti, obrigada. Deus abençoe

    • Olá Marie! Tudo bem?
      Como foi a sua adaptação aqui no Brasil? Espero que esteja gostando de morar no meu país 😉
      Essa visita ao Haiti foi muito importante para o nosso crescimento, pois a nossa realidade é muito diferente e só vendo ao vivo para entender o modo de vida e as dificuldades que os haitianos têm passado após o terremoto.
      Agradeço imensamente pela mensagem e torço para que seu país se recupere o mais rápido possível.
      Abraços

  5. Mon nom est Juan j’ai vécu au Brésil, j’ai 17 ans ..

    meu nome é juan eu moro no brasil curitiba, eu tem 17 anos…

    merci pour la visit..

    avec ce texte tu m’as rendu plus fier de mon pays .. merci pour la visite..
    com esse texto vocês me deixaram mais orgulhoso do meu pais.. valeu pela visita

    eu espero um dia poder viajar com todas vocês
    J’espère qu’un jour je pourrai voyager avec vous tous.

  6. Adorei o blog e fico feliz de saber que existem pessoas que, assim como eu, não pensam apenas em visitar locais por conta dos maravilhosos pontos turísticos ou das grandes ofertas em outlets (nada contra, é só um gosto pessoal :D). Também tenho esse grande sonho de conhecer muitos países, a cultura e as pessoas, vivenciando experiências diferentes e deixando um pouco de mim em cada lugar. Hoje, lendo esse post, descobri que a minha ânsia por conhecer lugares improváveis se explica no fato de eu não me contentar em ser turista mas uma verdadeira viajante! Obrigada pelas informações!! Abraços.

    • Olá, Bruna! Bom saber que você, assim como a gente, também gosta de destinos improváveis. Acredito que temos papo para uma vida, né?
      Muito obrigada pela mensagem! Ficamos muito felizes quando recebemos feedbacks positivos 😉
      Abraços
      Gabi

  7. Aos que pretendem um dia visitar o haiti, conselho de quem já trabalhou na área de segurança em 2008, 2012 e 2015 em varias áreas do haiti.
    Aos aventureiros que conseguiram passar ilesos por essa aventura em território desconhecido.
    Conselho: Não façam mais isso. Qualquer pessoa que demonstre ter uma renda melhor correm sérios riscos de serem sequestrados ou roubados, mesmo haitianos, pelo fato do pais ter uma imensa quantidade de gangs armadas que circulam pela capital defendendo suas favelas ou levantando fundos com o crime para fortalecer suas favelas com armamentos e alimentação. Pessoas que não são haitianas se destacam e é impossível não chamar a atenção dos sequestradores e assaltantes que não são poucos. Realmente existem pessoas encantadoras e maravilhosas, mas o risco é eminente na capital.Já teve relatos de estuprarem e matarem os sequestrados. estive em vários lugares maravilhosos no Haiti. Existem lugares paradisíacos nas extremidades da ilha e bem mais seguros para os aventureiros. Lugares de um encanto deslumbrante que vai te fazer meditar que realmente o país que um dos lugares mais belos do mundo. Quem visitar o interior, longe da capital vai ficar encantado com o carisma do povo local e com as bela paisagens. EX: Geremie, Abricó e Lagonave. Não vou entrar em outros pontos negativos para não me comprometer. Mas digo: o país ainda esta acertando sua estrutura na área de segurança. Mesmo indo para essas áreas que falei não deixe de ir com um segurança local indicado por alguém de sua confiança.

    • Obrigado pela atenção e conselho!
      Na verdade, quando fomos, estivemos acompanhados de um motorista nos passeios e por um amigo local durante todo o tempo, pois não nos sentimos seguros realmente. Seguimos, inclusive, o conselho de um conhecido do exército brasileiro que estava em missão de paz no Haiti.
      Contudo, não sabia que a situação era tão caótica. Agradeço as informações e ficam de alerta para os que quiserem lá visitar.
      Grande abraço e obrigado mais uma vez!

    • O que aconteceria com um Brasileiro com 400 dolares, fazendo um trabalho de faculdade sobre a realidade haitiana em 4 dias, todo tatuado até a cara, com uma canon t5 e uma go pro, com um conhecido local do couchsurfing, querendo fazer fotos e videos não só do centro mas de Citi Soleil, e outros lugares mais afastados, alem da misssão Brasileira e de ongs estrangeiras?

      É um risco muito maior doque ir nas favelas de São Paulo e Rio onde tem bocas de fumo, ir no centro de SP, como 25 de março,santa efigenia e etc?

      Eu ja visitei lugares bem pobres, não so no Brasil, como Asia tambem..

      Existe alguma maneira de retratar essa realidade que você falou, sendo um estudante independente em 4 dias e voltar via Rep. Dominicana para o Brasil?

  8. Valeu, Marcio!
    Definitivamente foi uma "viagem", daquelas que nos coloca em outros patamares, com outras referências!
    Quando viaja de novo com a gente?

  9. You don't have to thank at all! It was our pleasure to visit your country! And I do wish that one day I will return there and have the chance to be in touch with you guys, haitians, again! Thanks a lot for you comment!

  10. Excelente post!!! Nós fomos criadas para sermos sempre viajantes – herança de seu avô Egas!!! Conhecer os lugares não é e nunca será apenas fazer compras e ir a lugares turísticos. Fomos criados para nos misturar e nos adaptar seja em lugares ricos ou pobres, com pessoas ricas ( e me desculpem pedantes!!) ou pessoas muito pobres. Nós estamos acostumados ao Haiti, pq na Bahia temos o nosso Haiti. Mas nem todos estão!!! E a maior parte viaja nas férias para fugir da realidade e dos problemas, ver coisas e lugares bonitos ( que tb é mto bom!!). Se eu um dia irei ao Haiti??? Não sei, quem sabe um dia né?? Se for co certeza aproveitarei as dicas deste post. Parabéns!! E continue a ser esta viajante aventureira sem medo dos imprevistos.

    • Olá. Desculpe, mas, comparar a realidade baiana com o Haiti é exagero. Aqui há pobreza, como na maior parte do país, desigualdade social,mas, qualquer um que trabalhe pode viver dignamente. Em relação a segurança não existe locais de restrição, a não ser, nas favelas e bocas-de- fumo, que eu acredito que a maioria não tenha interesse. Não conheço essa Bahia que se aproxima do Haiti.

  11. Oi LuaLuê!!! Por causa de pessoas como você é que cada vez me sinto mais motivada em continuar com essa aventura! Muito obrigada por acompanhar o blog! 🙂
    Bjs

  12. Thank you, for taking the time to visit our country. You've given the world a snapshot of our people and way of living with truth and appreciation that only a true lover of travel can tell. Hope is motivating us to make the country better, may be next time it might be different.

  13. Você é surpreendente! Viajante parece ser muito mais intenso do que ser só turista. Depois desse seu post, me considero mais turista que viajante, mesmo não sendo turista tradicional que só vai aos pontos turísticos. Suas viagens são todas muito interessantes e eu te acompanho, pois sei que mesmo não pretendendo ir a muitos dos lugares que você foi, vale muito a pena conhecer como são através do teu blog. Abraços

  14. Uau! Impressionante! a descrição que vocês deram do lugar faz a gente repensar em nossas prioridades e rever nossos conceitos sobre as coisas e pessoas.
    Muito bom, como sempre!