Bolívia: roteiro de um dia em Sucre

Bolívia: roteiro de um dia em Sucre

Conhecida como Ciudad Blanca de América, além de capital do departamento de Chuquisaca, Sucre é também capital constitucional da Bolívia.

A cidade caiu no nosso roteiro totalmente por um acaso, pois era caminho entre Santa Cruz de La Sierra, cidade onde chegamos à Bolívia, e Salar de Uyuni, o motivo maior da nossa ida ao país.

Com passagens de ida e volta de Sta Cruz a Sucre, decidimos que passaríamos um dia para conhecer a cidade que hoje afirmamos que é a mais bonita que conhecemos na Bolívia!

Logo na chegada, as primeiras imagens mostravam uma vila interiorana, com bolivianas em suas roupas típicas trabalhando no comércio local, em um cenário de pura simplicidade.

Chola em Sucre

A típica senhora boliviana, conhecida popularmente como “Chola”

À medida que saíamos das redondezas e entrávamos no centro de Sucre, percebíamos que aquela cidade tinha algo diferente e muito a oferecer turisticamente!

O que mais nos encantou em Sucre foi a sua arquitetura, com prédios históricos predominantemente na cor branca, razão do apelido “ciudad blanca”, além das ruas e praças bem preservadas.

O ponto inicial do passeio foi na Plaza 25 de Mayo, a praça mais importante da cidade e onde você verá prédios históricos, como a Casa de la Liberdad, onde foi declarada a independência da Bolívia, o Palacio Nacional, que funciona como palácio do governo de Chuquisaca, e a Catedral Metropolitana de Sucre.

A Plaza 25 de Mayo

Palacio do Governo de Chuquisaca

O Palácio Nacional, que é a sede do governo de Chuquisaca

Embora o local seja movimentado, a praça mantém-se conservada, sendo ponto de encontro de locais de todas as idades: desde jovens que se encontram após as aulas na escola até os senhores que se sentam nos bancos para um bate-papo no final de tarde.

Estátua em homenagem a Jaime de Zudáñez, uma dos heróis da independência, líder da Revolución de Chuquisaca – o Primeiro Grito Libertário da América

Locais na Plaza 25 de Mayo Sucre

A praça é ponto de encontro do povo local

Em um dos lados da praça, vemos a lateral da Catedral Metropolitana de Sucre, uma construção barroca iniciada no século XVI, ou seja, na mesma época em que os espanhóis chegaram à Bolívia. Mais impressionante por fora que por dentro, o museu da catedral possui o maior acervo de arte sacra dos séculos XVI a XVIII de todo o país.

A fachada da Catedral Metropolitana de Sucre

A nave central da catedral

Saindo da catedral e descendo a rua Nicolas Ortiz, siga reto apreciando a arquitetura antiga das casas até chegar ao Convento de San Felipe de Neri que, na nossa opinião, é o ponto alto do passeio! Com os horários de visitação delimitados (se não me engano, as visitas acontecem no período da tarde), recomendo que passe por lá para saber a que horas é possível entrar no museu subir no terraço, pois a vista panorâmica de lá de cima é imperdível.

Rua no centro de Sucre

Rua Nicolas Ortiz, o caminho entre a Catedral Metropolitana e o Convento de San Felipe de Neri 

Construído entre 1795 e 1799, o convento tinha importância significativa da expressão da poderosa igreja católica face à recente sociedade americana.

Pagamos 15 bolivianos para entrar, onde tivemos acesso ao museu e vimos pinturas dos séculos XVIII e XIX, ao lindíssimo pátio e ao terraço, onde tivemos a certeza que, se tinha um lugar a visitar na cidade, esse seria o número 1!

O pátio do convento

Terraco Convento San Felipe de Neri

Andando pelo terraço do convento

Sucre-Convento-San-Felipe-de-Neri

As torres com o sino no telhado do convento

Saindo do convento, seguimos em direção ao Cementerio General, o cemitério da cidade. Nem todo mundo encara esse tipo de lugar como “turístico”, mas nós nos interessamos por cemitérios principalmente por causa da arquitetura. Não escrevi sobre esse tipo de atração antes, mas já visitei o Cemitério do Père-Lachaise, em Paris, o Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, e o Cemitério central de Viena.

Cemiterio de Sucre

A entrada do cemitério

O local foi construído no século XVIII e se destaca pela qualidade urbanística e artística das suas diferentes obras arquitetônicas. Além de túmulos cristãos, vimos também uma parte reservada a túmulos de judeus.

Voltamos pela rua Junin, onde passamos pela Universidad Mayor Real y Pontificia San Francisco Xavier de Chuquisaca, a mais antiga do país, fundada em 1624, e que mantém o padrão arquitetônico de cor branca, como já visto, predominante em toda a cidade.

Universidade de Sucre

A fachada de Universidade de Sucre

Seguimos mais duas quadras até chegarmos ao Mercado Central, onde encontramos de tudo: frutas, verduras, ervas locais, grãos, carnes e laticínios. O curioso é que até os produtos que normalmente são refrigerados ficam expostos nos balcões sem refrigeração ou qualquer proteção que evite o contato com insetos.

Interior do Mercado Central de Sucre

Interior do Mercado Central de Sucre

Andamos na direção da rua Aniceto Arce até chegar aos arcos da Basílica de San Francisco de Charcas, construída também na época colonial. De importância para a história da Bolívia, o local foi palco do Grito Libertário de 25 de maio de 1890, que deu início à Revolução Chuquisaca, a primeira revolução latino-americana do século XIX.

Os arcos que se conectam à Basílica

Se você é um apreciador da arquitetura das cidades onde visita, recomendo descer pela rua San Alberto, onde você verá o Banco Nacional de Bolivia, que tem sede justamente na cidade de Sucre. Fundado em 1871, é um dos bancos mais antigos de todo o país.

A fachada do Banco

A fachada do Banco Nacional de Bolivia, um dos mais antigos do país

Voltando na direção da universidade, siga pela rua Arenales, em direção ao Parque Bolívar. Pelo caminho, passamos pelo Teatro Gran Mariscal de Sucre, também de fachada completamente branca.

Teatro de Sucre

O Teatro Gran Mariscal

Ao seu lado, está a Corte Suprema de Justicia, o  tribunal supremo da Bolívia (equivalente ao nosso STF), que funciona desde o século XIX.

Corte Suprema de Justica Sucre

Os arcos da entrada do parque Bolívar e, ao fundo, o edifício branco da Corte Suprema de Justicia

Passando pelos arcos na frente da Corte de Justiça, chegamos ao último ponto visitado em Sucre: o Parque Simón Bolívar o maior e mais belo parque da cidade. Diferentemente dos parques nas grandes cidades brasileiras, o local é seguro e dá para andar por ele sem medo. Claro que, como em qualquer lugar do mundo, todo cuidado é pouco, mas confesso que não senti, em momento algum, aquela sensação de perigo que sentimos no Brasil.

Parque-Bolivar-Sucre

Parque Bolívar

O parque conta com jardins, fontes e uma estrutura metálica que imita a Torre Eiffel, mas que achamos bem sem graça.

Por fim, recomendamos a famosa loja de chocolates Para Ti”, que vende uma imensa variedade de chocolates para todos os gostos e bolsos. Não são produtos baratos, mas são ótimas lembranças de sucre, já que muitos vêm em caixinhas com imagens da cidade.

A loja principal que fica na Calle Arrenales nº 7

Sucre foi uma surpresa agradável; uma cidadezinha colonial da Bolívia que entrou no roteiro por conveniência e que acabou sendo considerada a mais bonita de todas que conhecemos. Vale muito a pena conhecê-la!

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8 Comentários

  1. saudações! obrigado pelas dicas! Olha, eu levaria 7 horas de busão de uyuni até sucre e mais 12 horas pra sair de sucre até chegar a la paz, você acha que vale a pena isso pra conhcer sucre em um dia ?

  2. Olá Gabriela, parabéns pelo post! Deu-me saudades de Sucre… A cidade é linda, os parques e praças são muito acolhedores e, talvez por isso, lembro-me que o que mais gostei de lá foi sua atmosfera. Você viu a estátua da Nossa Senhora na Catedral Metropolitana? Vários bolivianos me recomendaram ver essa estátua porque, além da questão sagrada, ela é incrustada com esmeraldas e outros materiais preciosos e eles me diziam que se ela fosse vendida “pagaria a dívida externa da Bolívia”. A estátua é bonita e tal, mas acho que esses bolivianos devem pouco… hahahaha

    • Olá, Arcanjo! Quando entramos na catedral estava tendo missa e por isso não ficamos muito tempo por lá. Interessante saber que o valor da estátua “pagaria a dívida externa no país”. Senti muitas saudades de Sucre escrevendo esse post 😉